ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 21-6-2004.
Aos vinte e um dias do mês de junho de dois mil e
quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Almerindo Filho, Cassiá
Carpes, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Isaac
Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion e Sebastião Melo. Ainda, durante
a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscollo,
Beto Moesch, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elói Guimarães, Gerson Almeida, Helena Bonumá, Maristela Maffei, Mauro Zacher,
Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sofia Cavedon, Valdir
Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta
declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias
das Atas da Trigésima Quarta, Trigésima Quinta, Trigésima Sexta, Trigésima
Sétima e Trigésima Oitava Sessões Ordinárias que, juntamente com as Atas da
Trigésima Primeira, Trigésima Segunda e Trigésima Terceira Sessões Ordinárias,
foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, os Projetos de
Resolução nos 089, 090, 091, 092 e 093/04 (Processos nos 3392, 3395, 3398, 3399
e 3400/04, respectivamente); pelo Vereador Cassiá Carpes, o Pedido de
Providências nº 1280/04 (Processo nº 3335/04); pela Vereadora Clênia Maranhão,
o Pedido de Providências nº 1302/04 (Processo nº 3369/04); pelo Vereador Elias
Vidal, o Pedido de Providências nº 1284/04 (Processo nº 3342/04); pelo Vereador
Ervino Besson, o Projeto de Lei do Legislativo nº 124/04 (Processo nº 2911/04);
pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 1281, 1282 e
1283/04 (Processo nº 3339, 3340 e 3341/04, respectivamente); pelo Vereador
Professor Garcia, os Pedidos de Providências nos 1304, 1305, 1306 e 1307/04
(Processos nos 3376, 3377, 3379 e 3380/04, respectivamente); pelo Vereador
Renato Guimarães, o Projeto de Lei do Legislativo nº 134/04 (Processo nº
3187/04). Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, de autoria da
Vereadora Helena Bonumá, deferidos pela Senhora Presidenta, solicitando
desarquivamento de Processos, com referência aos Projetos de Lei do Legislativo
nos 126/95, 056/99, 013/01, 077/01 e 076/02 (Processos nos 2336/95, 1621/99,
2199/01, 1530/01 e 1422/02, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 131, 296, 695, 928, 9635 e 18144/04, do Senhor Reginaldo Muniz
Barreto, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.
Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 228/04, firmado pela Vereadora
Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do
qual Sua Excelência informa que o Vereador Reginaldo Pujol se encontra
representando externamente este Legislativo na cerimônia de posse do Senhor
Gustavo Dias Goetz como Presidente da Fundação Eletro-CEEE de Seguridade
Social, às quatorze horas de hoje, na sede dessa Fundação, na Rua dos Andradas.
Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Pedro Américo Leal,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde, de hoje ao dia vinte e quatro de
junho do corrente, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado na vereança o
Suplente Bernardino Vendruscollo, informando que Sua Excelência integrará a
Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Em prosseguimento, foi
iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do
centésimo aniversário da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Rio Grande do Sul,
nos termos do Requerimento n° 065/04 (Processo n° 1758/04), de autoria do
Vereador Elias Vidal. Compuseram a Mesa: a Vereadora Margarete Moraes, Presidenta
da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Pastor Marlinton de Souza Lopes,
Presidente da Instituição de Educação e Assistência Social, mantenedora das Escolas
Adventistas para a Região Leste do Rio Grande do Sul; o Deputado Estadual Eliseu
Santos, representando a Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul;
o Senhor Flávio D’Almeida Reis, Reitor da Universidade Ritter dos Reis; o
Pastor José Carlos Lima, Presidente da Casa Publicadora Brasileira; o Vereador
João Carlos Nedel, 1° Secretário deste Legislativo. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador
Elias Vidal destacou como positivas as iniciativas da Câmara Municipal de Porto
Alegre em receber instituições de diferentes ideologias religiosas, frisando
que essa atitude reforça o conceito de democracia que rege este Legislativo.
Também, ressaltando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma instituição
cristã, manifestou-se acerca da influência exercida por essa Igreja, no sentido
de proporcionar uma vida saudável aos fiéis, especialmente os jovens. Em
continuidade, foi realizada apresentação do Coral Jovem Adventista de Porto
Alegre, sob a regência do Maestro Deolindo de Azambuja. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador João Antonio Dib historiou a criação e a evolução, no século vinte, da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, tecendo considerações a respeito da
participação dos primeiros missionários dessa Igreja no Brasil. Ainda,
discorreu sobre a estrutura dessa instituição em Porto Alegre, recordando que o
Templo localizado na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto foi inaugurado
quando Sua Excelência exerceu o cargo de Prefeito Municipal de Porto Alegre. O
Vereador Isaac Ainhorn, cumprimentando a iniciativa do Vereador Elias Vidal em
homenagear os cem anos da Igreja Adventista no Rio Grande do Sul, lembrou que
Sua Excelência trabalhou durante vários anos em uma instituição com raízes
adventistas. Também, referiu-se às semelhanças entre a religião judaica e a
Igreja Adventista e expressou sua admiração pela Escola Adventista de Taquara e
pelas Faculdades Integradas Ritter dos Reis, de influência adventista. O
Vereador Luiz Braz discursou sobre sua relação com a Igreja Adventista do
Sétimo Dia, reportando-se à amizade de Sua Excelência com várias personalidades
fortemente ligadas à história dessa instituição. Ainda, lamentou a falta de
esperança de parte da população brasileira num futuro melhor, considerando a
mensagem pregada pela Igreja Adventista um caminho para que seja alcançada uma
sociedade mais justa do que a atual. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora
Clênia Maranhão, elogiando a apresentação realizada pelo Coral Jovem Adventista
de Porto Alegre, afirmou que homenagens como a presente são importantes no
contexto político dos parlamentos. Nesse sentido, argumentou que a ideologia de
busca do bem comum, característica do Cristianismo, deveria estar mais presente
nas ações políticas, a fim de que essas ações não sejam apenas imediatas e
técnicas. O Vereador Valdir Caetano, justificando sua satisfação em participar
da presente homenagem, destacou as atividades de reintegração social promovidas
pelas igrejas, especialmente as de orientação cristã, lamentando que os
governos, em sua maioria, não apóiem mais efetivamente esse trabalho. Também,
enalteceu a preocupação das Escolas Adventistas em realizar uma educação que
busque a integridade e a preocupação com o lado espiritual do ser humano. Em
continuidade, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Pastor Marlinton de
Souza Lopes, que, em nome da Igreja Adventista do Sétimo Dia agradeceu a
homenagem prestada por este Legislativo. Após, foi realizada apresentação de
audiovisual referente ao centenário da Igreja Adventista no Rio Grande do Sul.
Às dezesseis horas e trinta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e trinta e nove minutos, constatada
a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Helena Bonumá mencionou
reportagem publicada no jornal Zero Hora do dia dezenove de junho do corrente,
intitulada “Ronda social falha no interior gaúcho”, a respeito de moradores de
rua, discorrendo sobre a abertura oficial do Projeto Porto Inverno, ocorrida
anteontem. Ainda, relatou seu comparecimento no lançamento de patrulhas móveis
da Brigada Militar, debatendo a importância dessa iniciativa. O Vereador
Guilherme Barbosa externou sua satisfação sobre a implementação do Plano Safra,
em iniciativa do Governo Federal, que disponibiliza verbas para agricultores,
destacando que esse investimento aumentará a produção agrícola no País e no
Estado. Também, referiu-se à questão dos moradores de rua, alegando existirem
políticas públicas do Executivo Municipal, como o aumento de vagas em abrigos
municipais, para minimizar esse problema. O Vereador Bernardino Vendruscollo
reportou-se à problemática das crianças de ruas do Município, propugnando por
medidas eficazes no combate a essa realidade e criticando a persistência dessa
situação ao longo dos últimos anos. Ainda, debateu o Projeto de Lei do
Legislativo nº 476/03, de sua autoria, que dispõe sobre instalação de
equipamento eliminador de ar nas tubulações do sistema de abastecimento de água
do Departamento Municipal de Água e Esgotos - DMAE. O Vereador Professor Garcia
analisou o aumento no valor dos combustíveis, ressaltando que em Porto Alegre o
preço da gasolina sofreu uma majoração de até vinte por cento, ao passo que, em
outros Municípios do Estado, esses índices não ultrapassaram os quatro por
cento. Além disso, chamou a atenção para a necessidade de que sejam
investigados esses aumentos, afirmando haver indícios de formação de cartel no
Município. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Elói Guimarães registrou sua
participação, juntamente com outros Parlamentares deste Legislativo, na inauguração,
ontem, de dois postos móveis da Brigada Militar, elogiando essa iniciativa da
Secretaria Estadual da Justiça e da Segurança. Nesse contexto, teceu
considerações a respeito da presença de policiais militares nas ruas,
salientando ser educadora e construtiva essa determinação para o cumprimento
das Leis. O Vereador Haroldo de Souza, discorrendo sobre seus trinta anos como
profissional de comunicações, esclareceu os motivos pelos quais Sua Excelência
afastou-se da narração de jogo de futebol transmitido pela Rádio Guaíba,
afirmando que essa decisão foi voluntária, não tendo qualquer relação com
punição disciplinar daquela emissora, ao contrário de ilações feitas pelo
Vereador Guilherme Barbosa, na Sessão Ordinária do dia dezessete de junho do
corrente. A seguir, foi apregoado Requerimento do Vereador Nereu D'Avila,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde, de hoje ao dia vinte e cinco de
junho do corrente, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado na vereança o
Suplente Mauro Zacher, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Constituição e Justiça. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo
Vereador João Bosco Vaz, Líder da Bancada do PDT, informando o impedimento do
Suplente Mário Fraga em assumir a vereança no período referido, em substituição
ao Vereador Nereu D'Avila. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, esteve, em
3ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo n° 018/04, discutido pelos Vereadores
João Antonio Dib, Guilherme Barbosa, Luiz Braz, Elói Guimarães, Reginaldo Pujol
e Helena Bonumá. Durante a Discussão Preliminar da Pauta Especial, o Vereador
Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando a oportunidade de se manifestar durante esse período, tendo em
vista que, no momento de sua chamada para pronunciamento, se encontrava
representando externamente este Legislativo. Também, o Vereador Renato Guimarães
formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, no acompanhamento
de visita de representante do Poder Judiciário à área ocupada no Bairro Jardim
Leopoldina, para a qual a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação
requereu suspensão do processo de reintegração de posse. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
o Vereador Beto Moesch registrou a inauguração, ontem, de Unidades Móveis da
Brigada Militar nos Bairros Jardim Cascata e Humaitá, apoiando a gestão do
Senhor José Otávio Germano à frente da Secretaria Estadual da Justiça e da
Segurança. Nesse sentido, propugnou por uma atuação conjunta dos Governos
Estadual e Municipal no combate à criminalidade, para que sejam alcançados
resultados concretos em benefício dos porto-alegrenses. O Vereador Raul Carrion
comentou as eleições para Reitor e Vice-Reitor, ocorridas dia dezessete de
junho do corrente, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ainda, relatou
ações desta Casa para evitar a retirada de famílias ocupantes de área da
Construtora Guerino, na Zona Norte de Porto Alegre, e louvou decisão da Organização
Mundial do Comércio, contrária à concessão de subsídios agrícolas pelo governo
dos Estados Unidos da América. O Vereador Professor Garcia informou que serão
realizadas Audiências Públicas nos dias vinte e três e vinte e cinco de junho
do corrente, na Paróquia Santa Isabel, no Município de Viamão, e na Câmara
Municipal daquela Cidade, para definição do novo terminal de ônibus procedentes
de Viamão que têm destino ao Centro de Porto Alegre. Finalizando, solicitou a
participação deste Legislativo no assunto, para que essa transferência ocorra
sem transtornos à população usuária. O Vereador Ervino Besson debateu os
Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 007/03, que cria o passe livre
para estudantes carentes, e 007/04, que propõe a colocação do nome do usuário
nas contas de água, ambos de sua autoria, destacando que esses Projetos se
encontram para Parecer na Comissão de Constituição e Justiça e requerendo a
liberação dessas matérias pelos Relatores responsáveis, para que o assunto
possa ser debatido nas demais Comissões deste Legislativo. O Vereador Cláudio
Sebenelo comentou reportagem publicada na revista Veja de nove de junho do corrente,
relativa às ligações existentes entre altos índices de natalidade e níveis de pobreza.
Sobre o assunto, ressaltou a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente
e defendeu a discussão, por este Legislativo, de alterações na legislação referente
aos Conselhos Tutelares de Porto Alegre, mencionando eleições para esses
Conselhos, ocorridas no dia trinta de maio do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Decreto Legislativo n° 005/04 e o Projeto
de Resolução n° 086/04, discutidos pelo Vereador João Antonio Dib; em 2ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 094, 125, 128, 129 e 130/04; os
Projetos de Resolução nos 083 e 084/04; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 103, 117 e 123/04, este discutido pelo Vereador Guilherme
Barbosa. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO
DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Carlos Pestana,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Após, o Vereador Renato Guimarães manifestou-se, prestando esclarecimentos
acerca de visita efetuada por Sua Excelência, em Representação Externa deste
Legislativo, na tarde de hoje, a famílias ocupantes de área pertencente à
Construtora Guerino, no Bairro Jardim Leopoldina. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 014/04, após ser discutido pelos
Vereadores Reginaldo Pujol e Elói Guimarães. Em Discussão Geral e Votação,
foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 444 e 473/03 e 066/04. Na
oportunidade, o Vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, deferido
pela Senhora Presidenta, solicitando que, no momento de elaboração da Redação
Final do Projeto de Lei do Legislativo nº 066/04, fosse verificada a grafia
correta da denominação de rua relativa a esse Projeto. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 096/04, o qual teve sua
discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do
Vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei do Executivo nº 001/04, após ser discutido pelo Vereador Reginaldo
Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 015/04. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº
015/04, a Vereadora Margarete Moraes afastou-se da Presidência dos trabalhos,
nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 224/03. Na ocasião, o Vereador
Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Resolução nº 054/04. Foi aprovado o Requerimento nº
064/04 (Processo nº 1663/04 – Grande Expediente em homenagem ao Centenário da
Imigração Judaica para o Brasil), de autoria do Vereador Isaac Ainhorn. Foi
aprovado o Requerimento nº 109/04 (Processo nº 2898/04 – Grande Expediente em
homenagem ao Movimento de Alfabetização de Adultos – MOVA), de autoria da
Vereadora Sofia Cavedon. Na ocasião, face Questão de Ordem formulada pelo
Vereador João Antonio Dib, a Senhora Presidenta prestou informações acerca da
destinação do Grande Expediente para a realização de homenagens por este
Legislativo. Foi aprovado o Requerimento nº 118/04 (Processo nº 3319/04 –
Grande Expediente para assinalar o transcurso da IX Conferência Nacional dos
Direitos Humanos), de autoria da Vereadora Helena Bonumá. A seguir, foi
aprovado Requerimento verbal do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 121/03. Durante a apreciação
do Projeto de Resolução nº 121/03, a Vereadora Margarete Moraes afastou-se da
Presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Às dezoito
horas e quarenta e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, a
Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelos Vereadores
Elói Guimarães e Ervino Besson e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel.
Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim
e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Pedro Américo Leal solicita
Licença para Tratamento de Saúde no período de 21 a 24 de junho. A Mesa declara
empossado o Suplente, Ver. Bernardino Vendruscollo, nos termos regimentais, que
integrará a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação, CUTHAB. Seja
bem-vindo Vereador Bernardino Vendruscollo.
Passamos
às
Este período, hoje, destina-se a homenagear o transcurso do
100º aniversário da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Rio Grande do Sul.
Convidamos para compor a Mesa dos trabalhos o Pastor Marlinton de Souza Lopes,
Presidente da Instituição de Educação e Assistência Social, mantenedora das
escolas adventistas para a Região Leste do Rio Grande do Sul; o Exmo
Deputado Estadual Eliseu Santos, representante da Assembléia Legislativa do Rio
Grande do Sul; Dr. Flávio D’Almeida Reis, Reitor da Universidade Ritter dos
Reis, Cidadão de Porto Alegre; Pastor José Carlos Lima, Presidente da Casa
Publicadora Brasileira.
Convido
o Ver. Elias Vidal, proponente desta homenagem, para fazer uso da palavra, em
Comunicações.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Este ano é um ano diferente para a comunidade adventista do Rio Grande do Sul,
pois ela completa um século de atividades. Nós vamos assistir a um vídeo, logo
em seguida, que talvez dispensasse muitas das minhas palavras, e, com certeza,
nos dará uma idéia do que faz e do que é a comunidade adventista aqui no Rio
Grande do Sul, por isso vou ser sucinto.
Como
Vereador desta Casa, digo aos senhores que muito me alegro, porque contemplo
todas as semanas, nesta Casa, as instituições religiosas que aqui vêm, por
proposições dos próprios Vereadores e outras instituições, e esta Casa, que é a
Casa do Povo, recebe de braços abertos todas as manifestações religiosas em
seus pronunciamentos, cumprindo assim o seu papel de casa democrática.
Como
sou adventista e cristão, como, acredito que muitos dos senhores também, muito
me alegra, particularmente, porque, em um século dessa Igreja, está havendo,
não só aqui na Câmara Municipal, durante todo este ano, inúmeros eventos, como
ontem, quando tínhamos, aproximadamente, duas mil pessoas, bem próximo daqui da
Câmara de Vereadores. Neste ano, queremos culminar pela Igreja Adventista, no
Gigantinho, com aproximadamente 50 mil pessoas. Acredito que o Pastor Marlinton
vai falar alguma coisa sobre isso para nós.
Eu
gostaria, neste momento, dizer aos senhores que a Igreja Adventista é uma
comunidade cristã, uma Igreja essencialmente cristã. Alguns têm dificuldades de
entender a classificação da Igreja Adventista, se ela é cristã ou não, porque a
Igreja Adventista, para a cultura religiosa dos senhores, é uma Igreja cujos
seus fundamentos e teólogos desenvolveram-na com base na Bíblia; optaram por
crer na Bíblia de Gênesis ao Apocalipse e, com isso, incluiu os Dez
Mandamentos.
Alguns
acham que a Igreja Adventista é um ramo judaico, da comunidade judaica. Se for
pela guarda do sábado, poderia dizer-se que existe um caminho que se cruza,
porque cremos nos Dez Mandamentos, do primeiro ao último.
A
Igreja Adventista é uma igreja cristã, porque o seu nome, para conhecimento de
todos nós, Adventista, vem de advento. A Igreja crê, piamente, na volta de
Cristo, o maior advento da humanidade, na volta e no breve retorno de Nosso
Senhor Jesus Cristo, como muitos das muitas igrejas do mundo. A Igreja
Adventista trabalha muito na linha de pregar a volta de Jesus, esse Jesus que
foi crucificado, esse Jesus de que tanto se fala no filme, que muitos dos
senhores assistiram, A Paixão de Cristo. Este mesmo Jesus, essa Igreja acredita
que este Cristo há de voltar.
Então,
este Vereador, alegra-se muito em poder estar nesta tribuna na condição de
Vereador. Externo, aqui, também, a minha fé, como os senhores têm nas suas
religiões, este Vereador também tem a sua, e optei pela Igreja Adventista, uma
Igreja que está completando 100 anos, neste ano.
Nós
vamos ouvir o Coral, para os senhores conhecerem um pouquinho daquilo que a
Igreja proporciona e do que ela incentiva aos jovens que a freqüentam: uma vida
sem vícios, uma vida sem álcool, uma vida sem cigarro, uma vida sem drogas, uma
vida saudável, com muita música, com muita paz, com muita felicidade e com
muita alegria, porque só canta quem tem alegria no coração. E a Igreja
Adventista está muito alegre, porque Deus proporcionou, numa caminhada de cem
anos, muito sucesso, muito avanço, especialmente na área de educação e na área
social, que nós vamos ver logo em seguida. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ouviremos, a seguir, o Coral Jovem
Adventista de Porto Alegre, regido pelo Maestro Deolindo de Azambuja.
(Assiste-se
à apresentação.) (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. João Carlos Nedel.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente e Srs. Vereadores (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Nós estamos, hoje, aqui, para
comemorar os 100 anos da Igreja Adventista no Rio Grande do Sul e, ao mesmo
tempo, para comemorar os 20 anos em que o templo da Igreja Adventista está na
Av. Aureliano Figueiredo Pinto.
Os
adventistas, no mundo, hoje, excedem o número de 12 milhões. A Igreja
Adventista do Sétimo Dia surgiu entre as décadas de 1850 e 1860,
simultaneamente nos Estados Unidos e na Europa.
O
Padre Jesuíta chileno Manuel Lacunza escreveu um livro singular: “La Venida Del
Mesias em Gloria y Majestad”. Conhecido desde 1785, o livro foi publicado em
1812, e essa publicação agitou os meios religiosos e foi precursora do
movimento adventista, dos que crêem na segunda vinda de Jesus.
No início do século passado, no seio das igrejas
evangélicas, o movimento alastrou-se, tendo como foco o advento ou o retorno
pessoal de Jesus.
Dentro
desse movimento, uma atenção especial foi dada ao estudo da Bíblia, tanto do
Novo como do Antigo Testamento.
Surgiu
também a compreensão do dia de repouso bíblico, de acordo com o Êxodo, 20, bem
como o relato do Velho Testamento, confirmado por Nosso Senhor Jesus Cristo no
Novo Testamento.
A
observância do quarto mandamento da Lei de Deus, como uma homenagem semanal ao
Salvador e ao Criador que vai voltar a terra, caracterizou também a nova Igreja
que surgia na metade do século passado, tomando forma legal em 1863, nos
Estados Unidos.
No
Brasil, a mensagem adventista chegou através de impressos que ingressaram nas
colônias de imigrantes alemães e austríacos, nos Estados de Santa Catarina, São
Paulo e Espírito Santo.
Um
livro bem conhecido, “Der Grosse Kampf” - “O Grande Conflito” -, em alemão,
chegou às mãos do jovem Guillerme Stein Jr., na época noivo de Maria
Krahembuhl. Esse livro descreve a história universal sob o enfoque religioso e
bíblico, dando, além do vislumbre do passado, uma projeção quanto ao futuro, em
termos proféticos, tendo como base especialmente os livros de Daniel e o
Apocalipse.
Nessa
ocasião outros batizados aconteceram lá em Santa Catarina, e entre eles foi
batizado Guilherme Belz. Guilherme Belz era nascido de família cristã e tinha o
hábito de ler a Bíblia. Depois de pesquisar profundamente a palavra de Deus,
aos 54 anos, Guilherme decide-se pela fé adventista e torna-se um dos primeiros
a ser batizado no Brasil. Belz e sua família tornaram-se missionários
voluntários na região em que moravam, no interior de Santa Catarina. Pouco
tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia.
Muito
nós poderíamos falar sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em Porto Alegre
há três sedes: a Associação Sul-Rio-Grandense da Igreja Adventista do Sétimo
Dia, na Av. Caí; a Clínica Adventista de Porto Alegre, na Rua Matias José Bins,
e o Templo da Aureliano Figueiredo Pinto, que foi inaugurado há 20 anos, e eu
tive a honra, como Prefeito na oportunidade, de lá estar e de ficar
impressionado pela sua arquitetura, quando me foi esclarecido que se olhássemos
como realmente ela é, nós veríamos alguém com as mãos postas pedindo a Deus por
todos nós.
Portanto,
cumprimentos à Igreja Adventista, cumprimentos a todos aqueles que a integram,
e os nossos votos de muita saúde e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço pela manifestação do Ver. João
Antonio Dib.
O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra em Comunicações, por
cedência de tempo do Ver. João Bosco Vaz.
O SR. ISAAC AINHORN: Srª Verª Margarete Moraes, Presidente
desta Casa, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Nós queremos, inicialmente, dizer que, neste
momento, estamos falando, honrosamente, por solicitação também em nome das
Bancadas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro e do Partido dos
Trabalhadores, e por solicitação também do Ver. Raul Carrion, em nome do
Partido Comunista do Brasil. Honra-nos muito, portanto, essa representação
plural. Eu quero dizer da satisfação desta oportunidade de estarmos aqui, neste
Legislativo, que, com mais de 200 anos, é referência histórica da democracia e
do pluralismo no Estado do Rio Grande do Sul. Quero dizer da satisfação, a
partir da iniciativa do nobre Ver. Elias Vidal, de ser partícipe desta
homenagem à Igreja Adventista do Rio Grande do Sul. Aqui me atenho mais ao Estado
do Rio Grande do Sul, onde alguma coisa aprendi dessa Igreja, do nobre ponto de
vista, de exemplos, de conduta ética e humana, até porque, Srª Presidenta, meus
caros Vereadores, tive a satisfação de, por mais de vinte anos, trabalhar numa
instituição com raízes adventistas - e é testemunha disso o meu colega de
Colégio Estadual Júlio de Castilhos, Prof. Flávio D’Almeida Reis, Reitor da
Universidade Ritter dos Reis. Lá tive a oportunidade de aprender
extraordinários exemplos de conduta ética, exemplos de comportamento digno - é
referência para toda a sociedade - e, hoje, ganha uma extraordinária
respeitabilidade, essa casa com raízes adventistas, em termos de instituição de
ensino, de dedicação ao saber e preocupação permanente na busca da pesquisa
científica.
Por
isso, me associo ao Ver. Elias Vidal, neste momento, por ocasião destas
homenagens.
Tive
a honra de, já há alguns anos, ser autor de um Projeto de Lei que se
transformou em Lei, homenageando uma das mais extraordinárias figuras do
adventismo aqui no Rio Grande do Sul e no Brasil: José Amador dos Reis, avô do
Prof. Flávio D’Almeida Reis, e pai do Prof. Romeu Ritter dos Reis. Ali, o Prof.
Romeu Ritter dos Reis, que eu tive a ventura de conhecer desde os idos do
Colégio Estadual Júlio de Castilhos, onde um professor desta Escola com padrão
universitário nos ensinava e nos mostrava a beleza da língua de Camões. Ali
tive o convívio com essas figuras extraordinárias.
Por
essas circunstâncias que a vida nos coloca, Ver. Elias Vidal, eu precedi Vossa
Excelência, talvez não nas convicções, mas nas homenagens, aqui nesta Casa, a
figuras ligadas ao adventismo. Temos uma identidade muito grande, Vereador, com
os adventistas, com exemplo e referência da guarda do sábado, dia do descanso.
Nos perguntaríamos, para finalizar: Deus, na sua infinita sabedoria, na sua
condição onipotente, precisaria de um dia para descansar? Isso se deu – essa é
a minha reflexão – para apontar aos homens o caminho que eles deveriam seguir
na Terra, porque, no sétimo dia, Deus descansou, e ele não precisava descansar,
pela sua natureza onipotente, mas assim o fez. É a reflexão que me atrevo a
deixar, mesmo havendo profundos estudiosos da Bíblia Sagrada, Ver. Eliseu
Santos, digo, Dep. Eliseu Santos, eu insisto em chamar V. Exª de Vereador. Quem
sabe seja o seu retorno ao Município, à verdadeira fonte do Poder, não é
verdade, Vereador?
Mas,
retornando à minha homenagem, quero falar da minha satisfação de ver essa
instituição, essa Igreja, cada vez mais consolidada em nosso Estado, deitando
raízes com profundas convicções religiosas e com profundo saber.
Portanto,
desejo a essa instituição que os nossos descendentes, dobrando por mais um
século, e o mundo, talvez, numa sociedade consideravelmente mais perfeita, sob
as influências e os pensamentos da Igreja Adventista e das demais convicções
que buscam e praticam o bem, estejam comemorando 200 anos do adventismo no Rio
Grande do Sul e no Brasil.
Vida
longa a essa extraordinária convicção e profissão de fé religiosa, a Igreja
Adventista, que já nos deixou tantas marcas e tem tanta importância.
Para
encerrar, eu cito, pela importância que têm e pelas referências que são: a
Escola Adventista de Taquara, que é um dos mais extraordinários
estabelecimentos de ensino do nosso Estado, e as Faculdades Integradas Ritter
dos Reis. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em
Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Exma Srª Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Eu aprendi a admirar a Igreja
Adventista pela observação e pelo acompanhamento do trabalho de algumas
pessoas. Dentre elas, eu quero fazer uma homenagem muito especial a quem foi,
talvez, a primeira pessoa que me ensinou a gostar dos adventistas e da prática
adventista, que, embora não sendo pastor, eu o chamava de pastor: o Pastor
Assis. Ele não está aqui. Era um ancião, fazia parte do Conselho dos Anciãos da
Igreja Adventista da Santa Rosa. Ele foi a primeira pessoa com quem, por suas
ações, seu canto, sua mobilização, por todo o seu trabalho para fazer com que a
Igreja da Santa Rosa fosse uma igreja que acolhesse tantas pessoas da Santa
Rosa para professar o adventismo, eu aprendi, realmente, a gostar da Igreja
Adventista.
Eu
confesso que já faz algum tempo que não vejo o Assis, mas é uma pessoa que eu
trago no meu coração como um dos grandes amigos que eu fiz na minha trajetória
aqui em Porto Alegre; e já faz 29, quase 30 anos, que eu estou aqui nesta
Cidade.
Outra pessoa que foi extremamente importante na minha vida,
na minha trajetória, uma pessoa que foi citada aqui pelo Ver. Isaac Ainhorn, a
quem eu tive a oportunidade de oferecer um Título de Cidadania por tudo o que
ele representou no campo da Educação, e continua representando para todos nós,
é o Prof. Romeu Ritter dos Reis, que me ajudou a retornar aos estudos na
faculdade, a fazer o curso de Direito. Foi alguém que, por toda a sua
trajetória, pelo trabalho que tinha, pelo seu ideal, por tudo aquilo que ele
representava, eu trago bem vivo no meu coração. O seu filho, o Flávio, já é
mais recente, mas todo o mundo que conhece o Flávio sabe muito bem da sua linha
correta, honesta, calma, pacífica, tranqüila e verdadeira de fazer com que
todas as pessoas possam entender a vida.
E há um outro moço, que trabalha aqui nesta Casa, que é
Vereador - o nosso amigo Elias Vidal -, que também tem um trabalho, de fato,
extremamente meritório e faz com que nós possamos admirar aqueles que
resolveram escolher a Igreja Adventista para seguir a sua trajetória de vida.
Que
coisa boa, de repente, Flávio, nós podermos enxergar, dentro da Igreja
Adventista - e eu fui muitas vezes na Igreja Adventista -, todas as pessoas que
ali estão com fé verdadeira, clamando pela volta do Senhor e, realmente, tendo
a fé de que um dia Jesus Cristo voltará, para fazer com que tenhamos aqui uma
vida e uma sociedade bem melhores, um mundo bem melhor, o mundo ideal que todos
esperam. Nós vemos que as pessoas colocam a sua melhor roupa para ir até a
igreja; que elas, de repente, escolhem as mais galantes palavras para
poderem-se dirigir às outras e, de repente, pregar. Uma coisa que,
infelizmente, nós não pudemos ver hoje, aqui na Câmara Municipal, com todo o
realce que eu consegui acompanhar na Igreja Adventista - se eu não me engano, é
a Igreja principal, lá na Av. Érico Veríssimo -, foi o Coral. Lá eu pude ver a
apresentação desse Coral de jovens, e foi uma apresentação, realmente,
maravilhosa.
Hoje,
infelizmente, as nossas condições técnicas não propiciaram que este Coral
pudesse dar para nós toda a arte que ele realmente pode apresentar e que é
mostrada para aquelas pessoas que comparecem à Igreja. Eu vejo que realmente
esta arte é utilizada como um instrumento, também, para passar para as outras
pessoas o quanto é bom poder estar esperando essa volta de Jesus Cristo.
Então,
Flávio, quando nós assistimos a nossa sociedade, no geral, e principalmente
nós, aqui, no nosso Brasil, a pessoas tão desesperançadas, a pessoas tão
frustradas com promessas de políticos, promessas em geral, que são feitas
apenas para que alguém possa ascender a um determinado cargo e, depois, elas se
esboroam, elas desaparecem; quando nós vemos que essas pessoas não acreditam em
mais absolutamente nada, que bom nós vermos que uma instituição, como é o caso
da Adventista, possa, realmente, devolver para as pessoas que freqüentam a
Igreja, possa dar para essas pessoas um pouco mais de paz, um pouco mais de
tranqüilidade, dizendo que tudo isso vai passar, que essas mentiras, que essas
promessas vãs vão ficar no passado, e, que, de repente, as pessoas podem
acreditar, porque virá um tempo diferente, um tempo melhor, quando Jesus Cristo
vai poder, quem sabe, devolver a todos nós este mundo melhor, ao qual todos
esperamos ter direito algum dia.
Agora
que nós vemos a história desta Igreja, que, de acordo com aquilo que eu estava
lendo no histórico, vai completar, de criação da primeira Igreja, do primeiro
templo, 100 anos, e praticamente 200 anos de história no Rio Grande do Sul, da
primeira tentativa de alguém trazer o adventismo para o Rio Grande do Sul, pois
sabe-se que essa história é muito recente, que essa história é muito jovem. Nós
ainda acreditamos que, por essa pregação da verdade, através do conhecimento
daquilo que é feito pela Igreja Adventista, quem sabe, Flávio, através da
religião, dessa mensagem tão pura que vocês pregam pela Igreja, possamos,
ainda, acreditar em uma sociedade um pouco melhor do que esta que nós temos hoje.
Parabéns
a você, parabéns a todos aqueles que realmente acreditam e que seguem o
adventismo, e que estão esperando, assim como todos nós estamos, por um tempo
muito melhor do que este que nós estamos vivendo hoje, com a presença e o
retorno de Cristo. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu queria, em
nome do meu Partido, o PPS, preliminarmente, parabenizar o Ver. Elias Vidal
pela iniciativa de fazer com que esta Casa possa, por alguns momentos, parar os
seus trabalhos políticos e fazer uma homenagem aos 100 anos de história da
Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Queria
dizer, também, às Lideranças da Igreja e às autoridades que compõem a Mesa,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, que a iniciativa do Vereador
também nos propiciou um importante momento, uma importante oportunidade de
assistir à apresentação do Coral, que, através de um grupo de jovens, pôde
imprimir momentos superimportantes de emoção e demonstração de como a arte é um
instrumento fundamental para a
humanização das relações humanas, para a criação da esperança e para o
desenvolvimento da sensibilidade.
Acho
ainda importante que os parlamentos possam, por alguns momentos, interromper a
frieza das discussões políticas, em geral permeadas pelas tensões das
contradições próprias de um ambiente que vivencia o debate a respeito dos
principais temas de um Município, e se voltar a analisar e a conhecer, mais
profundamente, a história dos cristãos, que, por meio de suas várias igrejas,
conformam um pensamento que deve inspirar as ações políticas, porque nós
estamos aqui na defesa do bem comum. Nós estamos aqui e a base das nossas
decisões deveria ser, sempre, a solidariedade, o respeito ao próximo, a
preocupação com os pequenos, com os excluídos, com os que não têm voz, e com
aqueles e aquelas que não estão inseridos na garantia dos direitos básicos, que
deveria ser de todos os seres humanos.
Se
essa é a nossa responsabilidade como políticos, nós temos de, sempre,
realimentar as nossas esperanças, realimentar as nossas imagens, realimentar as
nossas informações para que possamos cumprir esse papel.
Eu
acredito que, ouvindo e conhecendo melhor, temos tido a oportunidade de ler a
justificativa que fez o Vereador para a realização da homenagem dos 100 anos da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, isso nos fez lembrar o motivo pelo qual nós
estamos aqui. Portanto, isso favorece, isso faz com que, seguramente, as nossas
ações políticas não sejam apenas ações técnicas, não sejam apenas regidas pelas
ações imediatas, mas elas sejam, cada vez mais, regidas pelo sentimento e pela
certeza de que são todos seres humanos que devem ser os guias das nossas
decisões e das nossas inspirações.
Parabéns,
Vereador, pela sua iniciativa. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. VALDIR CAETANO: Srª Presidenta e Srs. Vereadores. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu estava no meu gabinete
acompanhando as falas desta iniciativa do Ver. Elias Vidal, sobre a Igreja
Adventista, e eu não poderia, de forma nenhuma, deixar de estar presente, e
dizer do trabalho que as Igrejas Cristãs, as Igrejas de um modo geral, têm
prestado à nossa sociedade. É uma pena, Deputado Eliseu Santos - hoje aqui
representando a Assembléia Legislativa -, que os nossos Governantes, de um modo
geral, não apóiem este trabalho; um trabalho formiguinha, mas um trabalho muito
importante. Um trabalho que tem resgatado a dignidade de tantos homens, de
tantas mulheres, de pessoas que, outrora, estavam marginalizadas pela sociedade
e que, hoje, estão reintegrados a ela, prestando o seu trabalho, pagando os
seus impostos, enfim, levando uma vida regrada, uma vida comum, uma vida
exemplar - todas as igrejas trabalham dessa forma. Eu também não poderia deixar
de falar das Escolas Adventistas, que realizam um trabalho reconhecido de uma
forma maravilhosa; essas Escolas Adventistas têm formado pessoas através de um
ensino, através de uma educação muito importante. Eu já tive a oportunidade de
visitar algumas delas em São Paulo, espero, em breve, ter a oportunidade de
visitá-las também aqui em Porto Alegre.
Quero
parabenizar, mais uma vez, esses 100 anos da Igreja Adventista no Estado; e
falar um pouco desse Deus maravilhoso, desse Deus vivo e poderoso que a Igreja
Adventista também prega. Esse Jesus que foi crucificado, morto e ressuscitado,
e que está vivo dentro de cada um de nós, daquele que O aceita, que O confessa,
daquele que diz, como dizem as Escrituras, “ninguém vem ao Pai a não ser por
Mim”.
Então,
só nos resta, depois de dizer que a Igreja Adventista também prega esse Jesus
vivo, esse Jesus ressuscitado, esse Jesus que, sem dúvida nenhuma, voltará, mas
não da forma como Ele veio da primeira vez, mas entronizado para mostrar que
Ele é o rei dos reis, é o filho do Deus vivo.
Então,
quero dizer parabéns, Ver. Elias Vidal, parabéns a todos os senhores.
Meu
amigo Deputado Eliseu Santos, aqui presente, senhoras, senhores, é uma
homenagem simples, singela, mas fiz questão de usar o tempo de Liderança do meu
Partido para falar desse trabalho maravilhoso que a Igreja Adventista tem
proporcionado a todo o Brasil, e fora dele também. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Pastor Marlinton de Souza Lopes,
Presidente da Instituição de Educação e Assistência Social – Mantenedora das
Escolas Adventistas para a Região Leste do Rio Grande do Sul, está com a
palavra.
O SR. MARLINTON DE SOUZA LOPES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero, nesta
tarde, em nome dos mais de 50 mil membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia no
Rio Grande do Sul, representar as duas entidades da Igreja, neste Estado. Uma,
da Região Leste, com sede em Porto Alegre, e outra, na Região Ocidental, com
sede em Ijuí.
Quero
agradecer ao Vereador e membro da Igreja Adventista, Elias Vidal, por propor
esta Sessão, esta homenagem, e podermos, aqui, junto com vocês, nos alegrar por
esses anos de vida também no Município de Porto Alegre.
A
Igreja Adventista existe no mundo há 160 anos, aproximadamente; aqui, no
Brasil, está há 108 anos. E, hoje, o que estamos comemorando, como Igreja, é a
organização da Igreja Adventista no Rio Grande do Sul, porque os primeiros
membros vindos da Alemanha e dos Estados Unidos chegaram aqui em 1895. Mas, no
ano de 1904, essa Igreja, ainda pequena, foi estruturada e organizada - no
início era Sociedade Educacional dos Adventistas do Sétimo Dia -, e desde o
início teve a grande preocupação com o setor educacional. E, hoje, nós podemos
nos considerar a primeira Associação Adventista do Brasil dentro das 36 outras
que existem no território brasileiro.
A
Igreja começou, aqui no Rio Grande do Sul, no Município de Não-Me-Toque, no
interior do Estado e, ali, com um membro da Igreja Adventista vindo da
Alemanha, Guilherme, que veio com sua família morar em Não-Me-Toque, começou a
trazer uma mensagem diferente ao povo daquela região.
Nós temos a alegria de entender que junto com a mensagem do
adventismo procuramos trazer outros princípios: por exemplo, esse pioneiro da
Igreja tinha um comércio, um moinho de milho, trigo e arroz e, naquela ocasião,
no ano de 1900, esse comércio não havia naquela região. Pessoas de muito
distante iam até esse local para conhecer o moinho, e, a partir de então,
começou a ser utilizado esse novo expediente comercial naquela região do Rio
Grande do Sul.
A educação foi uma prioridade, como eu disse, na Igreja
Adventista. Com o crescimento da Igreja, entendeu-se que deveriam acontecer
também algumas escolas, e, no Município de Taquari, naquela ocasião com pouco
mais de mil habitantes, foi comprada uma área bastante grande, e ali iniciou-se
uma escola que, posteriormente, transferiu-se para São Paulo e hoje é o Centro
Educacional Adventista no Brasil, com cerca de 8 mil alunos desde o Ensino
Fundamental até o Ensino Superior, mestrado e também doutorado. Nós temos
alegria porque tudo isso surgiu aqui no Rio Grande do Sul.
Na
área de publicações, a Igreja Adventista entendia que deveria semear a mensagem
da volta de Cristo, que é a nossa bandeira principal, a todas as pessoas, e,
por essa razão, os folhetos, os impressos, como uma revista que vocês receberam
sobre a oração, tem sido uma constante na pregação do Evangelho, e entendeu-se que
deveria haver uma editora aqui no Brasil. Um dos pioneiros foi aos Estados
Unidos e recoutou um prelo usado, mas aquele prelo foi o início de uma história
fantástica na área de publicações. Esse início também aconteceu no Município de
Taquari, vindo depois a mudar-se para São Paulo, em Santo André e, atualmente,
em Tatuí.
Para
os senhores terem uma idéia, hoje essa Casa publicadora brasileira possui mais
de 350 funcionários, e tem 715 títulos nos seus periódicos e livros, com 4 mil
e 500 toneladas de papel sendo impressos por ano, com mais de 10 milhões de
unidades por ano. Eu tenho a alegria de ter o Pastor José Lima conosco, que é o
gerente-geral, e também o Pastor Antônio Tostes, que é o gerente financeiro
para todo o Brasil e que tem, também, enviado essa literatura para todos os
lugares do mundo, com uma área construída de mais de 20 mil metros quadrados.
Nós
louvamos a Deus pela área educacional, também aqui em nossa Associação. No
mundo são mais de um milhão e 200 mil alunos. Mas aqui nós temos 24 unidades
educacionais, com cerca de 10 mil alunos e cerca de 500 professores.
Nós
temos um outro segmento de muito carinho para nós, que são os desbravadores, e
aqui há uma representação desses desbravadores, e hoje eles são cerca de 180
clubes no Estado, com cerca de cinco mil garotos e garotas participando dessas
atividades, além de aventureiros e outras atividades que temos.
Eu
encerraria mencionando a área assistencial. No ano passado procuramos atender
mais de 220 mil pessoas, nos mais diversos segmentos, em parcerias até com a
Prefeitura de Porto Alegre. Nós louvamos a Deus por esse trabalho que tem sido
feito em prol da comunidade do presente. Entendemos que a missão da Igreja é,
sim, preparar este mundo para a volta de Cristo, mas dentro do possível tornar
este mundo melhor habitável e somar, do outro lado, com o trabalho que os
senhores desenvolvem aqui nesta Câmara.
Que
Deus continue a abençoar esta Casa. Agradeço, mais uma vez, por esta homenagem
que esta Casa presta à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Neste momento convido a todas e a todos
para assistirmos ao vídeo Centenário Adventista.
(É
feita a projeção do vídeo.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Mais uma vez eu quero cumprimentar o Ver.
Elias Vidal pelo mérito da sua iniciativa, e parabenizar o Pastor Marlinton
Lopes, o Dep. Eliseu Santos, todas as autoridades religiosas e civis aqui
presentes e todas as demais pessoas, dando por encerrado este período de
homenagem aos 100 anos da Igreja Adventista.
Suspendo
a Sessão por um minuto para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h36min.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes -
16h39min): Estão
reabertos os trabalhos.
A Verª Helena Bonumá está
com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.
A SRA. HELENA BONUMÁ: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham, o
primeiro ponto que eu gostaria de comentar é sobre a matéria divulgada na
reportagem especial do jornal Zero Hora, do último sábado, sobre a Ronda
Social; título geral: “Ronda social falha no Interior gaúcho”. A matéria fala
de uma pesquisa para conferir o atendimento em dez cidades, sendo que apenas
seis cidades tinham o serviço estruturado, voltado aos moradores de rua, agora
para o inverno e, dessas seis, o atendimento de Porto Alegre é colocado como os
bons exemplos a serem seguidos, dando conta de que, em duas ocasiões em que a
reportagem fez a checagem do serviço, o serviço teve o atendimento por parte de
Assistentes Sociais da FASC, no serviço de qualidade conforme manda a
Legislação e conforme tem sido a prática da Administração Popular aqui em Porto
Alegre, nessa área, no atendimento aos setores sociais mais excluídos, que
demandam mais cuidados.
Nós
tivemos, na tarde da quinta-feira passada, a abertura, aqui em Porto Alegre, do
Porto Inverno, que significa um reforço aos serviços na área da Assistência
Social, na área da Saúde, na área da Defesa Civil, no sentido de estar
atendendo as demandas extraordinárias advindas da situação de inverno, onde
muitos cidadãos da nossa Cidade ficam desabrigados e em situação de maior
vulnerabilidade. Portanto, nós temos, aqui, nas páginas dos jornais, no caso da
Zero Hora, um reconhecimento da qualidade e da excelência do serviço de
atendimento da FASC, nessa área, aos moradores de rua, dando conta que, de
fato, o Porto Inverno responde a essa necessidade.
Eu
gostaria de falar, ainda neste período de Comunicações, que participei, com
mais alguns Vereadores desta Casa, ontem pela manhã, do lançamento, aqui em
Porto Alegre, de duas patrulhas móveis da Brigada Militar. Uma do 1º Batalhão,
que pega toda essa região do Centro até Vila Nova, Jardim Cascata, Glória e
Restinga; e a outra na região do 11º Batalhão. Nós consideramos uma iniciativa
importante, porque essa patrulha móvel substitui, de uma forma muito mais
adequada, a idéia do posto policial, que muitas comunidades reivindicam. No
Governo Olívio nós tivemos uma discussão pública sobre a questão dos postos
policiais. Eles inviabilizam um bom atendimento, na medida em que imobilizam,
não só uma estrutura, mas um contingente para poder cuidar do posto, e aí
precisaria ter mais gente ainda para cuidar da comunidade.
A
idéia da patrulha móvel nos parece mais adequada, porque ela se desloca,
fazendo plantão nas diferentes comunidades, mediante um agendamento prévio, e
ela está bem dentro do que o Governo Municipal, através da Secretaria de
Direitos Humanos e Segurança Urbana, tem proposto e tem construído como
compreensão de uma solução mais adequada para a prevenção da violência. Ou
seja, nós podermos, de fato, fazer uma integração entre essas ações da Brigada
Militar e os serviços municipais, várias políticas da Prefeitura Municipal, que
têm um caráter de prevenção da violência e que podem estar articuladas nesse
espaço da patrulha móvel, potencializando, assim, a ação da Brigada e a ação da
Prefeitura na área da prevenção.
Portanto,
parabenizamos por essa iniciativa que achamos adequada. Só sentimos que não
haja a integração com a Polícia Civil nesse processo, porque isso sim seria um
avanço. Mas entendemos que a Brigada tem feito o Termo Circunstanciado, que é a
possibilidade de o cidadão fazer a ocorrência diretamente com a Brigada
Militar. No momento em que a Brigada Militar atende essa ocorrência, é uma
coisa muito importante para o cidadão, porque ele não vai, então, precisar ir
lá na Delegacia de Polícia, fazendo um duplo esforço, quando os cidadãos,
muitas vezes, não fazem porque não têm tempo ou porque acham que não vai
adiantar.
Então,
o Termo Circunstanciado, o atendimento da comunidade direto pela Brigada
Militar, através desse patrulhamento móvel que foi inaugurado ontem no 1º e no
11º Batalhão, nós entendemos que é um avanço, e ele propicia isso que estamos
pregando aqui na Segurança Urbana de Porto Alegre, que é a integração dos
serviços. A Prefeitura está, a partir do trabalho dos Direitos Humanos e da
Segurança Urbana, se propondo, se integrando a essa experiência do
patrulhamento móvel, qualificando o nosso trabalho de prevenção e buscando
atender à demanda da comunidade de uma forma integrada; ação de prevenção e
Brigada Militar em conjunto, e quem ganha, com certeza, é a Cidade.
Fica
apenas o registro de que isso deveria ser feito de uma forma integrada - como
era a concepção do Governo anterior - com a Polícia Civil, para estar, de fato,
partindo para um trabalho de integração mais aprofundado. Infelizmente isso não
é possível, pelo menos nos marcos de orientação deste Governo, que, de novo,
dissociou a ação das polícias, do nosso ponto de vista, trazendo prejuízo para
ambas e para a cidadania também, mas, pelo menos, há esse passo efetivo da
patrulha móvel, cuja importância a gente tem de registrar aqui, porque,
efetivamente, se constitui em um avanço, e quem ganha é o cidadão e a cidadã de
Porto Alegre. Obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme Barbosa está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maristela Maffei.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
colegas Vereadores e Vereadoras e demais pessoas que nos acompanham nesta
tarde, quero também dizer da minha satisfação em face das notícias divulgadas,
do anúncio do Plano Safra do nosso Governo Federal, que coloca à disposição dos
agricultores do nosso País praticamente 40 bilhões de reais, o que significou,
comparando com o ano passado - que já tinha crescido, se comparado ao ano
anterior, de 2002 -, um crescimento de 45%, um crescimento fantástico, na
medida em que tomarmos como comparação a inflação do ano passado, que ficou em
torno de 6% a 8% - dependendo do índice que se utilizar -, então, temos essa
grande diferença de um índice de 6% a 8%, que seria apenas um reajuste, para um
crescimento de 45%.
Todos
nós temos acompanhado, felizmente, um crescimento muito significativo, muito
importante da agricultura do nosso País, o que é muito importante por si só,
apesar de que, cada vez mais, as propriedades são mecanizadas, dispensando
mão-de-obra, mas, de qualquer maneira, é produção. Isso significa circulação de
dinheiro, produção de riqueza, significa que o País fica com mais condições de
retornar com investimento. E, para o Estado do Rio Grande do Sul - e, como
conseqüência, também para a nossa Cidade, já que parcela do ICMS gerado retorna
para todos os Municípios, pois 25% do ICMS é distribuído pelos Municípios -, ao
ter esse investimento, com certeza, nós aumentaremos a produção agrícola no
País e no Estado, de tal forma que isso também é importante e significativo
para a nossa própria cidade de Porto Alegre.
Então,
ficamos felizes no momento em que a Bancada que representa e defende aqui o
Governo Federal,...porque é um dinheiro muito bem colocado, um aumento
significativo, que, com certeza, trará mais riqueza para o nosso País, para o
nosso Estado e para a nossa Cidade.
Quero
também destacar esse item que a Verª Helena Bonumá já destacou. Há muito tempo,
em debate nesta Casa, a gente vinha dizendo que realmente não conseguimos, e
ninguém vai conseguir fazer isso, retirar as pessoas da rua, na sua totalidade,
mas não é por falta de políticas da nossa Prefeitura. Em todos os setores
possíveis de se trabalhar, com as crianças ou as mulheres agredidas,
violentadas, nós temos abrigos e políticas. Para os moradores de rua,
atendimento de rua, nós temos pessoas - a reportagem centra em cima disso -, há
equipes preparadas para isso. Nós podemos, inclusive, dizer que todos os
moradores de rua da cidade de Porto Alegre são conhecidos dessas equipes que
trabalham com essas pessoas da FASC. Mas nós temos uma postura de respeitar as
pessoas. Nós nunca temos uma postura de força, de violência, e, se não houver a
concordância da pessoa, quando ainda mantém perspectivas de raciocínio, de se
definir, de saber o que quer, jamais a nossa Prefeitura força e pega a pessoa
pelos braços, na marra, para levar a um abrigo. Mas temos locais se essas
pessoas quiserem ir.
Hoje
também é notícia em nossos jornais que a Prefeitura aumentou as vagas, Ver.
Luiz Braz, para receber as pessoas agora, neste período, embora estejamos,
hoje, num calor de quase verão, mas começou o inverno, e, há pouco, tivemos uma
notícia de que este inverno será bastante rigoroso. A Prefeitura aumentou, de
uma forma emergencial, durante esse período, as suas vagas e vagas de convênios
com várias entidades. Então, essa matéria do jornal é uma prova daquilo que
estamos dizendo há muito tempo: que a Prefeitura tem política para encaminhar
as pessoas; agora, jamais nós temos uma política de pegar as pessoas na marra.
E, com relação às crianças, sempre trabalhamos com as famílias, sendo muitas
delas da Região Metropolitana.
Em
outro levantamento, no ano passado, da FASC, das 20 mulheres que estavam mendigando
no Centro da Cidade, 18 delas eram de uma outra cidade, de uma só cidade,
inclusive, da Região Metropolitana, de uma vila, para dar o exemplo para os
senhores da problemática. Mas acho que isso comprova aquilo que vimos dizendo:
precisamos avançar? Sim, precisamos; nós precisamos de mais recursos para
termos mais abrigos, mais funcionários, mas nós estamos travados pela Lei de
Responsabilidade Fiscal. Mas política não falta, isso nós temos de sobra; o que
precisamos, realmente, é de uma situação geral de modificação na sociedade
brasileira. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço ao Ver. Guilherme Barbosa.
O
Ver. Nereu D’Avila está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Bernardino Vendruscollo está com a palavra em Comunicações.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLLO: Exma Srª Presidenta desta
Casa, Verª Margarete Moraes, Vereadoras e Vereadores aqui presentes, demais
cidadãos que nos assistem, bem como os da TVCâmara, ouvindo atentamente as
homenagens, às quais aqui assistimos e, agora, o pronunciamento feito pelo
nosso colega Ver. Guilherme Barbosa, fiquei a perguntar: o que será que
realmente falta para que nós possamos resolver os problemas das crianças nas
ruas de Porto Alegre? Também acho que não pode ser à força, Vereador, mas nós
não podemos nos dar ao luxo de perguntar a essas crianças se elas querem ou não
serem recolhidas. E, caro colega, isso não é uma crítica - longe disso.
Alguma coisa diferente nós precisamos fazer, porque esse
problema persiste a cada Governo que entra, a cada político que vai para
tribuna e fala. Ao meu ver, nós precisamos encarar esse problema de uma forma
diferente. Eu acho que criança de rua, infelizmente, não tem muito poder para
decidir se quer ou não ser recolhida, até porque muitas delas estão dopadas. E
é preferível dar um investimento maior, enquanto a criança for pequena, do que
depois de grande, quando ela estiver lá na cadeia.
Eu
peço a colaboração dos nobres colegas, já que tramita, nesta Casa, um Projeto
de minha autoria que trata de instalação de bloqueadores de ar nas tubulações
do DMAE. É sabido que nós encontramos nas tubulações um percentual muito grande
de ar que está fazendo, ou faz, girar os hidrômetros. Nós precisamos encarar
esse assunto, porque ele é sério. E eu peço a colaboração dos nobres Vereadores
para que atentem para esse problema que é grave aqui em Porto Alegre.
Eu
finalizo, fazendo um registro aos nobres Vereadores, dizendo que para eu
assumir hoje aqui, neste ano, será sempre um privilégio redobrado. A Presidenta
desta Casa é natural de Iraí, Cidade onde me criei. Vereadora, é uma honra
muito grande participar, doravante, todas vezes em que eu tiver a oportunidade
de participar dos trabalhos desta Casa. Eu tenho certeza que os nossos
conterrâneos ficarão muito felizes ao tomarem conhecimento de que aqui, nesta
Casa, dois cidadãos de Iraí procuram fazer o melhor possível para Porto Alegre.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu agradeço pelas palavras do Ver.
Bernardino.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje faz exatamente uma semana que subiu o preço
da gasolina em Porto Alegre, no Estado e no País. Só que, em todas as
localidades, a gasolina subiu 4,5% a 5%. Mas em Porto Alegre, mais uma vez, é
diferente; em Porto Alegre subiu até 20%, como nós relatamos na semana passada.
Inclusive, na segunda-feira, quando foi noticiado o aumento, inúmeros postos já
trocaram o preço, na mesma noite, sem esperar virar as vinte e quatro horas.
Houve postos que aumentaram o preço, no mesmo dia, em até 37 centavos, de 1
real e 91 centavos, para 2 reais e 28 centavos. A redução, depois, foi de
exatamente, nesses últimos três dias, quinta-feira, sexta-feira e sábado, 3
centavos; ou seja, a grande maioria dos postos continua no patamar entre 18% e
19%.
Ouvimos,
através de várias comunicações na imprensa, que o Ministério Público estava
investigando, que a Delegacia do Consumidor estava investigando, como sempre
dizem, só que nós entendemos que deve haver medidas concretas em cima disso,
porque este é um fato corriqueiro no Município de Porto Alegre. Todos os meses
sobe o preço do combustível, independentemente ou não de aumento, agora houve
uma majoração – que volto a dizer – de até 4,5%. Em Porto Alegre, os postos
resolveram subir até 20% e aí começa a discussão: mas não é formação de cartel.
Já que não conseguimos comprovar a formação de cartel, eu friso que existem
fortes indícios no Município de Porto Alegre de formação de cartel. Eu
denunciei aqui na Câmara, na quarta-feira, que, na segunda-feira, às 23h,
recebi uma ligação, saí de casa e verifiquei in loco que, na Av. Nonoai, três postos que, num raio que não chega
a mais do que um quilômetro e meio, estava custando 1 real e 91 centavos, dois
postos passaram para 2 reais e 28 centavos, e o posto da Petrobrás para 2 reais
e 29 centavos. Volto a dizer: forte indício de formação de cartel.
Mas,
na realidade, o que nós queremos é uma medida mais drástica, mais aguda, porque
a população de Porto Alegre está à mercê disso. E eu volto a dizer que essa
situação se torna até hilariante, porque todos os meses acontece a mesma coisa,
ou seja, chega o final do mês, aumenta a gasolina e depois, ao longo do mês,
vai diminuindo. Só que quem é que, neste País, de um dia para o outro, aumenta
em 20% a sua renda? Vamos fazer uma linha de raciocínio. Estima-se que a
inflação será por volta de 5% a 5,5%. Uma inflação de 5% para 20% representa
quatro anos, ou seja, estão ganhando quatro anos na frente de uma realidade que
nós não conseguimos conceber. A gasolina ainda nem havia aumentado, não
receberam combustível novo, e os donos de postos, grande parte deles, já
começou a mudar o preço.
Eu
volto a dizer: imaginem os senhores o que são 37 centavos por litro! Algo que
deveria ser 6 centavos, 5 centavos. Isso é uma ganância muito grande. Nós vamos
insistir e vamos utilizar esta tribuna sempre que for possível para debater
este assunto, porque nós entendemos que não basta o Ministério Público dizer
que está investigando; não basta a Delegacia do Consumidor dizer que está
investigando. Basta sim, é isso que nós queremos, que comecem a investigar, de
forma concreta, alguns postos. Eu tenho certeza de que nós vamos ver o que está
acontecendo, ou seja, é a população da Cidade, na sua totalidade, que vê. Basta
consultar qualquer cidadão da cidade de Porto Alegre, que vai ter a mesma
opinião deste Vereador, ou seja, os aumentos são sempre de forma abusiva,
lesiva para a população da nossa Cidade, porque um aumento de 4,5% que se
transformou em 20% é realmente algo abusivo, inexplicável, e nós não podemos
concordar com isso.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Srs. Vereadores e Vereadoras, nós queremos aproveitar este momento para
registrar nos Anais da Casa a participação que tivemos, juntamente com outros
Vereadores, de resto, a comunidade e a Brigada Militar, de uma experiência
extremamente importante em matéria de segurança pública. Então, queremos
registrar aqui essa iniciativa do Governo do Estado, em especial da Secretaria
de Segurança Pública, na figura do eminente Secretário de Segurança Pública,
Deputado Federal José Otávio, que, durante a manhã de domingo, teve a
oportunidade de inaugurar dois serviços: o posto móvel da Brigada Militar,
constituído de uma caminhonete micro, dotada de equipamentos, computador e
recursos técnicos, que ficam subordinados aos BPMs. Um deles, subordinado ao 1º
Batalhão de Polícia Militar, centrado ali no bairro Cascata, na grande Glória,
para cobrir, deslocar-se naquela área, bem como outro posto móvel da Brigada
Militar, na Zona Norte da Cidade, vinculado ao 11º Batalhão da Polícia Militar,
ali no bairro Humaitá. Uma iniciativa que capilariza, por assim dizer, a ação
da Brigada Militar, no sentido de sua mobilidade, que vem, até certo ponto,
substituir os postos fixos, dado o seu custo e as suas dificuldades.
O
Secretário coloca muito bem, ele convoca a todos, e estavam presentes
representações diferentes, como a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. E o
discurso do Sr. Secretário é excelente, porque, é como ele diz, não importa se
foi feito, ou não foi feito, quem vai fazer ou não, o importante é que façamos
e façamos todos, porque, como diz o Secretário, a questão da segurança não tem
Partido.
Chega
de discutir ideologia; Partido fez, não fez, absolutamente não. O importante é
ter o serviço e oferecê-lo à comunidade.
A
presença da Brigada Militar – e quero cumprimentar, também, o Comandante Aírton
da Costa, uma figura da Brigada Militar, um homem extremamente ativo e atuante
–, Ver. Haroldo de Souza, na minha opinião, é pedagógica. A presença do
policial militar nas áreas da Cidade é extremamente organizadora, até em
situações que, muitas vezes, a sua ausência pode permitir que aconteça. Porque,
é bom que se diga, as nossas comunidades pobres são comunidades de bem; são as
minorias que infestam a sociedade. Nas maiorias das famílias das vilas pobres,
encontramos homens de bem, trabalhadores honrados, dignos, mas os enclaves da
delinqüência, do crime organizado, etc., infelizmente, infestam. Então, a
presença da Brigada é pedagógica, é altamente educadora e construtiva para o
cumprimento da Lei.
Quero,
mais uma vez, cumprimentar o Secretário de Segurança Pública do Estado do Rio
Grande do Sul, pelo belo trabalho, pelo esforço, pela dedicação que vem fazendo
frente a todas as dificuldades que enfrentamos: falta de recurso, falta disso
ou daquilo. Mas o chamamento do Sr. Secretário – estávamos todos lá – é
altamente positivo na busca de uma união com a Prefeitura, enfim, com todos os
setores, para resolver esse problema gravíssimo que angustia as nossas
populações que é a violência, a delinqüência, o crime organizado. Só a nossa
união total é capaz de fazer face a essas dificuldades. Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Haroldo de Souza está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, não tem nada a ver o Ver.
Guilherme Barbosa vir a este plenário e falar sobre a minha vida partidária
para rebater minhas acusações das mentiras que o seu Partido pregou a toda a
Nação brasileira. Não entre nessa, não tente desviar o curso da história, pois
o eleitor não mais está preocupado com Partidos políticos, mas sim, com os
políticos e suas atuações, suas posturas, seus pontos de vista sobre Cidade,
Estado, País, e jamais com o que pensam os partidos, pois o seu prometeu uma
coisa e faz outra. Está imitando o Fernando Henrique junto ao FMI - disse que
não faria isso - e o Collor, com o galinheiro da Marisa.
Ver.
Guilherme, pega mal para o senhor vir aqui dizer que eu fui retirado do ar de
um Gre-Nal porque estava divulgando o número 12, do Dr. Alceu Collares, quando,
na realidade, naquele dia, eu estava homenageando o aniversário da torcida
organizada Camisa 12, do Sport Club Internacional.
E a minha empresa não me tirou do ar como o senhor pensa e disse; ela recebeu o
pedido do seu Partido e me comunicou. Eu, para não complicar a empresa em que
trabalho há 13 anos, aceitei, de bom grado, sair do ar no segundo tempo daquele
jogo. O seu Partido “vê chifres em cabeça de cavalo” e naquele dia agiu assim,
maldosamente, contra um profissional de 40 anos de ofício, nove Copas do Mundo
de futebol, e que passou por apenas três grandes prefixos do rádio brasileiro:
Rádios Itatiaia, de Minas, Gaúcha e Guaíba, do Rio Grande do Sul.
Foi
a única vez que me incomodei com um Partido político, que veio com bagagem de
mágoa e rancor, mas muitos são os jornalistas perseguidos pelo seu grupo
político - o Rio Grande do Sul sabe disso. O senhor mentiu nessa. Aliás, o
senhor deveria vir aqui e descarregar a sua ira sobre todos os que dizem que o
seu Governo mente através dos tempos. Daí o senhor terá de usar a tribuna só
para fazer isso. Por que só para cima de mim? E que história é essa de “cuidado
com o andor”? É uma ameaça? Se for,
quero comunicar-lhe que, nesta vida, eu não tenho medo absolutamente de nada;
só da justiça de Deus, e, como estou de bem com Ele e com a minha consciência,
não será o senhor que vai brecar meus pontos de vista ou o meu jeito de me
conduzir na minha vida política e profissional.
Deixo
claro ao Ver. Guilherme Barbosa que o Rio Grande do Sul me conhece há exatos 30
anos, e não preciso estar justificando minhas atitudes junto aos meus amigos, e
ao senhor, muito menos.
Quanto
a não ficar em plenário, isso é comum entre os Parlamentares, aqui, e em outras
Casas, e no meu caso, isso é um problema único e exclusivamente meu, porque na
maioria das vezes que eu o escuto, da sua parte, Ver. Guilherme Barbosa, são
“abobrinhas”, coisas que não me interessam, e eu não sou obrigado a ouvir o que
não quero, nem aqui, nem na rua, em lugar nenhum.
Acredite,
Ver. Barbosa, não respondo mais a nenhuma acusação que venha da sua parte, pois
tenho coisa mais importante para fazer na política e na minha vida, embora não
tenha a experiência que o senhor tem na política, aquela experiência de
políticos profissionais que sabem fazer o jogo da política.
Estou
aqui para trabalhar no que for possível e no que estiver ao meu alcance. Jogo
sujo não sei fazer, e ódio, não cultivo. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila solicita Licença
para Tratamento de Saúde no período de 21 a 25 de junho de 2004. A Mesa declara
empossado o 2º Suplente, Ver. Mauro Zacher, nos termos regimentais, que
integrará a Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, já que o 1º Suplente, Ver.
Mário Fraga, encontra-se impedido para assumir. Seja bem-vindo, como sempre, a
esta Casa, Ver. Mauro.
Passamos
à
PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(até 06 oradores/10 minutos/com aparte)
3.ª SESSÃO
PROC.
N.º 3006/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 018/04, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para 2005 e dá outras providências.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, neste momento,
que é o da discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias, eu acredito que os
Vereadores, na sua maioria, não se têm apercebido da importância que tem.
Porque, a partir deste documento, é que o Prefeito vai elaborar o Orçamento a
ser entregue à Câmara Municipal para análise no dia 30 de setembro.
Então,
nós ficamos sem discuti-lo integralmente, e, de repente, nós não podemos
reclamar algumas coisas que são feitas, porque nós aprovamos. Então, é muito
importante analisar, e analisar bem.
Ele
diz, no art. 11 (Lê.): “O Poder Executivo estabelecerá, até 30 dias após a
publicação dos orçamentos, a programação financeira e o cronograma de execução
mensal de desembolso, aludidos no art. 8.º da Lei Complementar nº 101, de 04 de
maio de 2000.” Vamos ver o que o nobre Prefeito, que dizia que o Orçamento é
uma peça de ficção, dizia do ano passado no mesmo art. 11: dizia o que eu li
agora, e mais, parágrafo único (Lê.): “O Executivo Municipal disponibilizará,
impreterivelmente, até a data prevista nesse artigo, aos Parlamentares do Poder
Legislativo Municipal, as senhas para acesso permanente, por teleprocessamento,
a todas as informações sobre a execução de receita e da despesa e a evolução da
dívida pública, conforme determina a Lei Municipal nº 8.836, de 18 de dezembro
de 2001.”
No
ano que passou, eu presidi esta Casa e recebi pressão de parte de Vereadores,
dizendo que a Lei de dezembro de 2001 não estava sendo cumprida. Eu tratei de
equacionar com o Executivo para que fizesse a demonstração a todos os Srs.
Vereadores e a senha a ser utilizada para ingresso e tomar conhecimento dos
números da Prefeitura, que mente sempre sobre os números. Vejam que eu digo
“mentir”. E mentir, para mim, é falar contra o que se pensa para enganar. Eu
sou muito rigoroso nesta palavra: quando eu uso “mente”, a coisa é muito séria.
Vejam
que agora estão pretendendo esconder o que eu não consigo. Eu tenho pedido e
consigo, às vezes, com bastante atraso, com muita insistência, as
disponibilidades bancárias do Executivo Municipal, que sempre diz que não há
dinheiro! Eu tenho a última disponibilidade bancária do Executivo,
correspondente a 29 de fevereiro deste ano. Ele me deve março, abril e maio,
porque se tivesse acesso, através da senha, eu encontraria alguém, dentro desta
Casa, que me daria o valor da disponibilidade bancária do Executivo.
Mas
eu exerci a Prefeitura uma dezena de vezes no ano passado, e pedi para o
Secretário que sentasse ao computador e me desse a disponibilidade bancária do
Executivo, e ele não sabia. Portanto, é bom que se leia o que aqui se escreve e
as alterações que ele sempre pretende fazer no intuito de envolver esta Câmara,
e nos deixe as informações de que nós precisamos.
É
por isso que ele mentiu no ano passado, quando afirmou não ter dinheiro para
pagar a bimestralidade; que havia um déficit previsto de 75 milhões de reais, e
terminou, conforme previsto por este Vereador, com um superávit.
Mas
ele tomou o dinheiro dos municipários. Mentiu quando disse que havia
arrecadado, nos 12 meses anteriores, um bilhão e 460 milhões; e havia
arrecadado um bilhão e 512 milhões, comprovadamente. Mas o Tribunal de Contas,
há poucos dias, encaminhou relatório aos Vereadores, eis que respondi pela
Prefeitura reiteradas vezes, mostrando que nunca se chegou aos limites
estabelecidos pela Lei Complementar nº 101. Mas ele tomou o dinheiro dos
municipários, porque mentiu, e não nos deixa ler os números que ele tem no
computador.
Adiante,
ele fala que a admissão de servidores na Administração Pública será efetivada,
conforme o que dispõe o art. 19 da Lei Orgânica Municipal, observando o inc. IV
do parágrafo único, art. 22, da Lei de Responsabilidade Fiscal. É, na verdade,
eles não acreditavam que o art. 19 da Lei Orgânica tinha de ser respeitado. O
Dr. Pont teimou tanto que foi condenado a 8 meses e 10 dias de cadeia, porque
fez cartas-contrato na forma de crime continuado, porque havia, por exemplo, um
médico que teve 6 cartas-contrato, uma atrás da outra; havia médico para ser
chamado em concurso, mas se ele fosse chamado - ele estava no Canadá -,
perderia a vez, entraria o terceiro lugar. Então, fizeram um contrato com o
terceiro lugar até que chegasse o segundo, e aí contrataram os dois. E ele
levou 8 meses e 10 dias de cadeia! Claro, ele está recorrendo.
O
art. 21 está dizendo que a despesa de pessoal e encargos sociais, no exercício
de 2004, não excederão os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade
Fiscal. Isso é o que ele dizia no ano passado; não excederam, e ele tomou o
dinheiro dos municipários.
Se
nós examinarmos os anexos desta Lei, nós vamos ficar impressionados com algumas
coisas. Por exemplo, havia uma preocupação em dar atendimento farmacêutico aos
servidores municipais, aqui no art. 24 (Lê.): ”Melhorar as condições de
trabalho, especialmente no que concerne à saúde, alimentação e segurança do
trabalho e justa e adequada remuneração”. Não é exatamente nesse que está, mas
ele retirou. E, no ano passado, ele colocava aqui, na área da Saúde (Lê.):
“Construir, na área da Saúde, alternativas mais efetivas para ampliar o
fornecimento de medicamentos aos servidores municipais e à população carente”.
Isso foi retirado.
Mas,
na área da Saúde, eu vejo tantas pessoas aqui fazerem críticas, e neste ano
eleitoral é bom colocar algumas coisas mesmo que não sejam feitas, porque não
há problema (Lê.): “Implantar farmácias regionais em todas as Gerências
Distritais de Saúde”. Isso diz S. Exª, o Sr. Prefeito, este ano; antes, ele
nunca disse; antes, ele dizia que iria atender aos municipários e aos carentes.
Este ano, ele não colocou no Projeto de Lei, retirou. Nós vamos ter de colocar,
mas agora ele diz que vai criar farmácias regionais em todas as Gerências
Distritais de Saúde. (Lê.): “Ampliar e complementar a capacidade técnica do
laboratório municipal”. Eu não conheço o laboratório municipal, mas é uma das
coisas que, há dez anos, eu venho pedindo: um laboratório farmacêutico para
produzir remédios, especialmente anti-hipertensivos e antipsicóticos, que são
baratos, e a Prefeitura só diz: “Não tem, não tem, não tem”. E as pessoas
enlouquecem e morrem, porque a Prefeitura gasta imensos recursos na publicidade
do Cidade Viva, quando deveria-se chamar “Cidade Morta”, dizendo algumas coisas
que foram feitas num passado muito anterior a que eles chegassem aí, e que eles
apenas tiveram de continuar.
Portanto,
eu chamo a atenção dos Srs. Vereadores: é o grande momento. O Orçamento sairá
disto aqui; depois nós não podemos reclamar. É a Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Saúde e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.) Ausente. O Ver. Professor
Garcia está com a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.) Ausente. O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente da Sessão, Ver. Elói
Guimarães, colegas Vereadores, Vereadoras, na Pauta Especial que discute a LDO,
na quinta-feira passada, discuti e destaquei com os colegas Vereadores os temas
ligados ao transporte coletivo, ao trânsito da nossa Cidade. Hoje eu quero
baixar os olhos um pouco no tema Saúde, que é um tema sempre difícil, de muito
debate, com recursos volumosos nos três níveis de Governo, e sempre, de certa
maneira, se precisaria aumentar os recursos e melhorar os serviços em geral.
No
entanto, em outras ocasiões, eu tenho vindo a esta tribuna, mesmo reconhecendo
os problemas que existem na nossa Cidade, nesta área da Saúde e que nós temos
de trabalhar - e temos feito muito isso de superá-los, de corrigi-los -, mas
tenho feito um fraterno desafio para todos os Vereadores de que nós poderíamos
fazer uma pesquisa, um levantamento em todas as cidades da Região
Metropolitana, para que nós ficássemos aqui mais perto, porque nós temos, então,
administrações de todos os Partidos, para que fizéssemos um levantamento do
gasto de cada uma das Prefeituras, o quanto elas têm construído de postos de
saúde, e assim por diante.
Tenho
a certeza de que teríamos muitas surpresas se comparássemos o volume de
investimentos feitos na cidade de Porto Alegre e nas outras cidades da Região
Metropolitana.
É
do conhecimento de todos, é uma realidade que todos nós vemos, e reportagens já
mostraram isso, a política da ambulancioterapia, que muitas cidades do nosso
Estado infelizmente aplicam, cuja política de Saúde é, simplesmente, comprar
ambulâncias para trazer as pessoas a Porto Alegre.
Antes,
o atendimento era feito no Pronto Socorro e nos hospitais, e, de certa maneira,
era explicável. Não exatamente no Pronto Socorro, porque esse tipo de serviço
poderia ser feito em todas as cidades, mas explicável no que diz respeito aos
outros hospitais, na medida em que alguns serviços são, de fato,
especializados, e temos aqui, na Cidade, algumas exclusividades.
Mas
isso já foi ultrapassado. Já temos, inclusive, atendimento nos postos de saúde
da Prefeitura, que passam permanentemente a aumentar o seu atendimento a
pessoas de outras cidades.
Ora,
é, realmente, uma situação complicadíssima.
Ouvi,
outro dia, uma manifestação de um Vereador de oposição desta Casa, que dizia
que tínhamos de tentar verificar quantas pessoas vêm de fora de Porto Alegre
para tentarmos alguma política para barrar isso. Não se trata disso, e seria
quase impossível fazer isso. Mas é uma realidade que, a cada avanço que fazemos
nos postos do nosso sistema de Saúde, terminamos atraindo pessoas de outras
cidades para terem o atendimento básico nos nossos postos, não só os
especializados, nos hospitais, Ver. João Bosco Vaz, mas já nos postos do Município.
Portanto,
é uma situação muito difícil.
De
qualquer maneira, quero destacar e ler para os colegas, chamar a atenção para
isto, que dentro da nossa LDO, para o ano 2005, qualquer que seja o Prefeito -
claro, que vamos fazer muita força para que continue um Prefeito da Frente
Popular -, mas qualquer que seja o Prefeito, estaremos construindo o Orçamento
para o ano de 2005, para o ano que virá, para que se trabalhe em cima. Isso, na
verdade, termina buscando, de nossa parte, uma maior responsabilidade, na medida
em que todos nós estaremos votando uma Lei de Diretrizes sem saber qual é o
Partido. Portanto uma Lei de Diretrizes que seja boa para a Cidade, por óbvio,
em primeiro lugar; em segundo lugar, que seja exeqüível para qualquer Partido
que venha a governar o Município - Partido ou coligação.
Então
eu quero destacar alguns itens que estão na relação que se destina à Saúde em
nossa Capital.
Aqui eu destaco (Lê.): “Informatizar as rotinas de trabalho
na Saúde, com a implantação de sistemas de informações para agendamento de
consultas, informatização de farmácias para distribuição e controle de
medicamentos, visando a aperfeiçoar a gestão dos serviços”. Já está em
andamento a completa informatização do sistema de Saúde em Porto Alegre. São
muitos postos, muitos que nós construímos, vários que foram absorvidos quando
da municipalização, passando os postos estaduais para a gerência do Município;
alguns, inclusive, federais. Tudo isso já constitui uma rede de quase 120
postos, sejam eles PSF, unidades básicas e outros.
Então, um processo já em andamento que se pretende
completar, no ano de 2005, com a informatização total da rede, facilitando a
marcação de consultas e o encaminhamento das pessoas para o atendimento.
Outro item (Lê.): “Ampliação da oferta de tratamento
especializado nas áreas de traumato/otorrino, vasculares, incluindo as
consultas, procedimentos e cirurgias”.
Portanto,
a gente fala, inclusive aqui, em aumento de oferta, porque esse serviço
importante também já é realizado nos nossos postos. Já é uma especialidade que
não costuma ser, Ver. Luiz Braz, de atendimento em postos de saúde e unidades
básicas, digamos assim. Em Porto Alegre nós já temos, e queremos ampliar.
(Lê.): “Implantar a linha de marcação de consultas exclusivas para Oncologia,
para agilidade de tratamento”. Vejam que nós avançamos para outra
especialidade, raríssima no Sistema Municipal de Saúde. Então, a gente vai
ampliar um outro serviço, que hoje não existe, que é uma especialidade difícil
de encontrar e que nós queremos implantar na nossa rede.
Outro
tema importante ao qual não se costuma dar atenção. (Lê.): ”Implantar Centros
de Atenção Integral a Saúde Mental” – o que nós chamamos de CAIS Mental (Centro
de Atendimento Integral à Saúde), CAIS Mental, "para atendimento a crianças
e adolescentes e adultos em todas as regiões”. Nós já temos dois centros de
atendimento à saúde mental, que é um aspecto para o qual, também, não se
costuma dar muita atenção, deixar de lado; mas há muitas pessoas que têm
dificuldades mentais, de vez em quando uma crise, e é preciso ter um local, ter
equipes especializadas para atender as pessoas com esse tipo de carência. Então
queremos aumentar, implantar isso em todas as regiões da Cidade.
Ampliar e complementar a capacidade técnica do Laboratório
Municipal. Nós ainda não temos condições. Essa é uma proposta que o Ver. Dib
coloca, pela qual tenho simpatia, mas que não temos, ainda, condições
financeiras; seria um equipamento que necessitaria de um investimento
importante, de início, para que nós pudéssemos fabricar os nossos remédios.
Seria interessante, e com certeza iria exigir muito menos recursos do Município
para uma distribuição mais efetiva que é feita, sim; as faltas são periódicas,
e há remédios que não são uma tarefa, exatamente, do Município. Há remédios que
são, também, tarefa do Estado repassar e que não repassa em algumas ocasiões.
Implantar
rede regionalizada de serviços de saúde, incluindo pronto atendimento, hospital
de média complexidade e equipes de PSF para as regiões da Restinga e Extremo-Sul.
Então, aqui chamo a atenção, “implantar rede regionalizada de serviço de saúde,
incluindo pronto atendimento, hospital de média complexidade e equipe de PSF
para as regiões da Restinga e Extremo-Sul”. Ver. Renato Guimarães, V. Exª que
também atua nessa área, a Prefeitura de Porto Alegre tinha um convênio com a
Ulbra para atendimento lá na Restinga, infelizmente, por parte da Empresa da
Universidade, aquele convênio não foi cumprido e começou a haver muitas queixas
da comunidade da Restinga. Logo em seguida, sentindo a dificuldade do
cumprimento daquele convênio com a Prefeitura, a Prefeitura procurou outro
parceiro, e já firmou outro convênio com a equipe do Hospital Moinho de Vento,
que, inclusive, dentro da sua programação - isso está assinado -, vai construir
um hospital de média complexidade na Restinga. Claro, repito e sublinho, não é
um hospital a ser construído pela Prefeitura, seria um investimento incrível,
porque não há recursos financeiros. Mas a Prefeitura buscou condições para,
junto com esse Grupo Hospitalar importante da nossa Cidade, implementar um
hospital de média complexidade naquela Região.
Por
último, em tom de brincadeira, mas que é verdade, eu digo que o Ver. Dib
costuma fabricar dinheiro para nossa Administração, só que nós nunca o achamos
no cofre; nós sempre sentimos, como foi no ano passado, muita dificuldade de
pagar as empresas contratadas, de pagar os serviços, porque não havia recurso
suficiente. Para pagar o décimo terceiro salário e a folha, em dezembro, nós
tivemos de pedir emprestado, com a autorização desta Casa, recurso do DMAE.
Então,
eu digo, brincando, que o Ver. Dib fabrica dinheiro, só que ele não nos
repassa, só fica, infelizmente, no discurso.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?
O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Dib, meu tempo terminou, em outra
ocasião eu dou, com satisfação, aparte à Vossa Excelência. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. RENATO GUIMARÃES (Requerimento): Sr. Presidente, hoje pela manhã nós
realizamos uma reunião extraordinária da CUTHAB e ouvimos os ocupantes de uma
área, lá do Leopoldina, junto com as autoridades que foram convidadas para vir
à Câmara. Encaminhamos uma solicitação ao Juizado, lá do Alto Petrópolis, para
que suspendesse a reintegração de posse, que vai acontecer pela manhã.
Encaminhamos, formalmente, pela CUTHAB.
Agora,
tivemos a informação, lá do Juizado, de que o Juiz, avaliando o pedido, fará
uma visita à área que está ocupada lá no Leopoldina. Foi feita uma solicitação
de que a Presidência da CUTHAB, em nome da Câmara, e os demais Vereadores que
queiram, façam-se representar lá também. Vamos ao local representando a Câmara
para acompanhar essa visita do representante do Judiciário que verifica essa
situação.
Eu
estou solicitando esta representação da Casa, agora.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Defiro, de pronto, o Requerimento de
Vossa Excelência. E V. Exª fica investido de, em nome da Casa e demais
Vereadores que puderem lá comparecer, bem representar a Casa do Povo da cidade
de Porto Alegre, neste acontecimento que está se desenvolvendo lá no Jardim
Dona Leopoldina.
O SR. RENATO GUIMARÃES: Na oportunidade, faremos um relato do que
ficar encaminhado lá.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Perfeito.
O
Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, estamos usando o tempo de Liderança para registrar
um fato muito importante que aconteceu, ontem, na cidade de Porto Alegre: a
inauguração de duas unidades móveis da Brigada Militar, uma no Jardim Cascata,
e outra, no bairro Humaitá. O Ver. Elói Guimarães, a Verª Helena Bonumá, o Ver.
João Carlos Nedel e o Ver. Mauro Zacher, estavam presentes nesse ato. Fiquei
sabendo, Ver. Elói Guimarães, que Vossa Excelência já se manifestou com relação
a este acontecimento de fundamental importância. Por quê? Primeiro, porque
mostra uma evolução, uma modernização, uma sensibilidade político-social da
Brigada Militar através de quem faz política pública, de quem está à frente da
Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul, no caso, o Deputado Federal
José Otávio Germano. Mostrando que Segurança Pública, segurança para as
pessoas, para os diversos bairros e vilas desta Cidade se faz, não só de forma
armada, de forma ostensiva, mas de forma preventiva. Mais, que se faz sem
ideologia político-partidária. Estavam lá, inclusive, quase que todos os
Partidos com representação nesta Casa, Ver. Mauro Zacher. Estava lá a Verª
Helena Bonumá, estava lá o Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança
da cidade de Porto Alegre. Todos devidamente enaltecidos pelo Secretário José
Otávio Germano, mostrando que quer a parceria e quer estimular a parceria entre
os Partidos, entre o Município e o Estado, e com a comunidade. Essas unidades
móveis têm o intuito de ser o braço, a mão estendida dos serviços do Estado
para essas respectivas comunidades. Portanto, são unidades móveis da Brigada
Militar para oferecer segurança no sentido lato
sensu, oferecendo os diversos serviços – Verª Helena Bonumá, Vossa
Excelência que defende esse tipo de segurança pública.
O
que nos conforta - estou usando, infelizmente, o tempo de Liderança, Verª
Helena Bonumá, não podendo dar apartes - é que, aos poucos, está havendo uma
sintonia do que vem a ser, realmente, Segurança; o que deve ser feito com a
Segurança no Estado do Rio Grande do Sul, de uma forma geral. Estamos falando
aqui de Porto Alegre, porque foi o oferecimento da Segurança Pública do Estado
do Rio Grande do Sul, através do Secretário José Otávio Germano, para aquelas
respectivas comunidades, de forma preventiva, como ele mesmo colocou,
oferecendo segurança às famílias que querem, sim, sentir-se seguras, sentir-se
acompanhadas pelo Estado, que tem a obrigação de estar lá.
E
nós ficamos muito orgulhosos, Ver. João Antonio Dib, Vereadoras e Vereadores,
com a maturidade, com a sensibilidade do Deputado Federal José Otávio Germano,
que está fazendo política acima de qualquer coisa, mas para a sociedade
porto-alegrense; no caso, através das unidades móveis. Isso é uma maneira
moderna e evoluída de oferecer segurança àquelas comunidades mais carentes,
onde há dificuldade de outros serviços, que não o da segurança, adentrarem;
esse é o objetivo. Nós vimos ali um Secretário enaltecendo as instituições, no
caso a Brigada Militar, enaltecendo a importância da Brigada Militar como
aliada, como parceira da sociedade.
Encerrando,
Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, ficam aqui o registro e o orgulho não só
da Bancada do Partido Progressista, mas, como nós vimos, dos demais Partidos,
para com um homem extremamente sensível, extremamente competente à frente da
Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, o Deputado Federal José
Otávio Germano. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir a Pauta Especial. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta
Especial.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Elói Guimarães, na presidência
destes trabalhos, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, acredito que tenhamos, ao longo dos tempos, cometido os principais
equívocos aqui nesta Casa quando da votação da LDO. É exatamente neste instante
que acredito que os Srs. Vereadores deixam de votar matérias importantes,
capazes de fazer com que lá, na votação do Orçamento, nós tenhamos todas as
possibilidades de mudar o direcionamento dos recursos, tais quais eles vêm
sendo colocados no Orçamento dos últimos tempos. Eu fiz aqui algumas marcações
no meu projeto de Orçamento e vou apresentar para os Srs. Vereadores, deste
plenário, e para aqueles que estão me ouvindo.
Em
primeiro lugar, como é importante fazermos observações, todos os anos, nesta
Lei de Diretrizes Orçamentárias. Todos os anos, o Executivo Municipal tem
teimado – ou, pelo menos, estava teimando -, em colocar que a participação
popular no Orçamento deveria ser feita somente através deste malfadado
Orçamento Participativo. Eu falo malfadado porque, afinal de contas, virou uma
cédula do PT, que tem, infelizmente, mantido este Partido no poder durante
tanto tempo. Mas todos os projetos de LDO têm vindo aqui ao nosso plenário,
dizendo que a participação popular seria feita apenas através do Orçamento
Participativo. Olha, Ver. Elói Guimarães, nós tanto batemos, e, no último
projeto votado aqui na Casa, fizemos passar uma Emenda nossa para que a
participação pudesse ser feita por toda a sociedade civil organizada e não
apenas através de um só instituto.
No
projeto deste ano, nós queremos cumprimentar aqueles que fizeram o projeto para
vir até aqui, porque, pelo menos, isso nós conseguimos: fazer com que houvesse
a mudança por parte daqueles que elaboram o projeto. Está aqui, no art. 3º,
dizendo que, na elaboração do projeto de Lei Orçamentária, será garantida a
participação de toda a sociedade civil; e tem de ser assim, porque era
extremamente antidemocrático o que vinha acontecendo. No art. 7º, aí eles
pioraram, porque a Prefeitura Municipal, ao elaborar esse projeto da LDO, achou
por bem pedir, mais uma vez, a suplementação automática de 10% do total das
despesas. Isso é um mundaréu de dinheiro! Isso é um monte de dinheiro, que,
automaticamente, poderia ser utilizado dentro do Orçamento. Realmente, é um
disparate. Eu até adivinho o aparte que o Ver. Guilherme Barbosa quer fazer.
Vai falar que lá, no Estado, acontece exatamente o mesmo. É isso? É isso, mas
não lhe furto o aparte. Era exatamente isso, não é?
Mas
acontece o seguinte, Ver. Guilherme Barbosa, eu sempre digo: nós, aqui, Vereadores,
temos de cuidar é do Município. Eu não tenho de ficar preocupado com o que os
Deputados fazem. Os Deputados não estão-me ensinando política. Eu estou votando
aqui de acordo com as observações que faço do Município. Então, realmente, eu
não posso dizer que, se os Deputados colocaram no Orçamento Estadual, eu vou
colocar aqui, também, no Orçamento Municipal. Não é verdade.
O Sr. Guilherme Barbosa: Vossa Excelência permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, agradeço pelo aparte e serei breve.
Não, não se trata realmente de copiar os Deputados. Cada situação é uma
realidade. No entanto, eu sempre levanto esse argumento para mostrar que esse
número não é absurdo. Esse percentual passou por vários Governos e acho que foi
reduzido no nosso, do Governador Olívio Dutra. Mas passou por vários Governos,
de vários Partidos, mostrando, portanto, que é uma necessidade. É um
percentual, comparado a outros, baixo, 10%, vejam bem! Obrigado pelo aparte.
O SR. LUIZ BRAZ: Veja, Ver. Guilherme Barbosa, que no
Orçamento que estamos praticando este ano - votado no ano passado, por nós -,
há 4,25% . Agora, vem o Governo e pede 10%, que é de suplementação automática.
Imagine só: pede 10% para poder baixar para 4,25% e dizer: "Olha, vê que
baita concessão que eu fiz!" Mas 4,25% é muito dinheiro, já é muita
suplementação. Então, esse artifício nós, Vereadores, temos de discutir um
pouco melhor. Eu vou, de novo, oferecer uma emenda à Lei de Diretrizes
Orçamentárias para baixar um pouco esse percentual, porque nós, Vereadores,
temos obrigação de fiscalizar cada tostão que existe no Orçamento, e a única
forma de se fazer isso é nós diminuirmos, Ver. Guilherme Barbosa, essa
suplementação. Lá, no Estado, está errado, acredito eu.
Pelo
meu modo de entender, se, no Estado, eles estão fazendo dessa forma, fazendo
passar 10% de suplementação, eles estão errados, porque os Deputados abrem mão
de uma parcela significativa do Orçamento sem poder, na verdade, fiscalizar.
E
tem mais: aqui, no art. 8º, fala-se sobre a Reserva de Contingência. A Reserva
de Contingência, do ano passado para este ano, que estamos trabalhando, é de
cerca de 81 milhões de reais. Também é uma grande Reserva de Contingência, e eu
acredito que é uma forma equivocada de se fazer o Orçamento, fazendo-se uma
previsão de contingência dessa forma; os 81 milhões de reais, como foram
propostos para este ano e que foram aprovados. Nós tentamos reduzir a Reserva
de Contingência e não conseguimos, mas eu acredito que nós poderíamos, para
este ano, fazer uma diminuição dessa Reserva de Contingência, em que são
pedidos 5,8% e que vai dar um pouco mais do que aqueles 81 milhões de reais que
nós aprovamos para este ano. Acho uma demasia. E aqui há alguma coisa, Ver.
Elói Guimarães, que nós retiramos do Orçamento deste ano e que o Partido dos
Trabalhadores volta a querer incluir. Ele quer o quê? Ele quer vedar a que os
Vereadores, na votação do Projeto Orçamentário, possam indicar, por exemplo,
verbas para instituições, como é o caso da APAE.
Na
APAE, nós conseguimos passar uma Emenda de 150 mil reais, que até a semana
passada – não sei o que está acontecendo nesta semana -, não tinham sido
repassados para a APAE, e nós sabemos que as escolas da APAE, por exemplo,
estão em greve, porque não têm dinheiro. A APAE não tem dinheiro, são crianças
pobres, carentes, que estão, na verdade, à mercê da Administração querer
repassar um recurso que foi aprovado aqui neste plenário, de 150 mil reais. Mas
foi um dos únicos recursos que nós conseguimos colocar do Orçamento. Acho que os
Vereadores têm de ter uma maior participação na distribuição dos recursos para
entidades civis, para aquelas entidades que cuidam das pessoas mais carentes.
Acho
que os Vereadores deveriam ter uma participação maior e, por isso mesmo, nós
vamos, novamente, cuidar para que este art. 15 não figure no Projeto da Lei das
Diretrizes Orçamentárias, porque acho, também, que é realmente uma demasia por
parte do Sr. Prefeito Municipal querer fazer com que os Vereadores não tenham a
possibilidade de poder incluir no Projeto Orçamentário qualquer dotação que vá
beneficiar alguma entidade que realmente precise.
No
art. 20, diz mais (Lê.): “Na elaboração do Projeto de Lei Orçamentária, as
despesas com o Poder Legislativo não deverão exceder a 4%”. Eu acho que nós
devemos ficar nas limitações federais, que nós não podemos criar aqui mais uma
limitação na nossa legislação municipal. Olha, a legislação federal já coloca
limites para que as Câmaras, como é caso da Câmara de Porto Alegre, possam
executar, efetuar o seu Orçamento. Eu acho que nós não precisamos, aqui,
colocar um limite maior do que esses 4%, excluídos, claro – e, aí, todos nós
concordamos -, os recursos do Sistema Único de Saúde.
E,
mais, no art. 27, do Projeto da LDO, há algo, também, que nós devemos retirar (Lê.):
“... qualquer Projeto de Lei que conceda ou amplie isenção, incentivo ou
benefício de natureza tributária e financeira, não aprovado até a data da
publicação desta Lei, que gere efeitos sobre a receita estimada para os
orçamento de 2004, deverá indicar, obrigatoriamente, a estimativa da renúncia
de receita...” Ora, nem todos os
incentivos fiscais que nós colocamos aqui, por meio de emendas, vão reduzir a
Receita. De repente, eu coloco, aqui, uma forma de incentivo que vai fazer,
inclusive, com que a Receita possa ser aumentada.
Então,
eu acho que não é esse artigo que deverá nortear o Projeto Orçamentário. Eu
acho que nós devemos fazer uma nova redação para esse artigo, ou, simplesmente,
retirá-lo daqui, porque já existe uma vedação, que é da Lei Orgânica do
Município, e nós não precisaríamos ter o art. 26 para fazer com que houvesse um
aumento dessas limitações.
(Não
revisto pelo orador.)
(O
Ver. Ervino Besson assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para discutir a Pauta Especial.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver. Ervino Besson, que preside os
trabalhos neste momento, Vereadoras e Vereadores, este é um espaço importante
de que dispõe o Vereador para debater questões que dizem diretamente com a
competência municipal no que diz respeito à Administração nos seus diferentes
ângulos.
Já
havíamos dito que as diretrizes orçamentárias são eixos largos em que o
Administrador expõe intenções, expõe objetivos a serem alcançados e que se
concretizam na Lei Orçamentária. Portanto, as diretrizes são grandes campos de
ação a serem buscados no que diz respeito à Administração.
Ative-me, na outra vez, na questão do funcionalismo, nas
políticas diretrizadas – por assim dizer – a alcançar a máquina administrativa,
ou seja, os servidores municipais, porque um dos dispositivos, Ver. João Dib,
da Lei de Diretrizes Orçamentárias fala em “justa e adequada remuneração dos
servidores”. Pois bem, é um propósito, é um princípio que deve ser observado. E
se observa, sim, Ver. Luiz Braz, este princípio, a tanto se cumpra o que é Lei,
a política salarial da bimestralidade aos funcionários do Município de Porto
Alegre; refiro-me ao Executivo, porque no Legislativo, os funcionários ativos
da Câmara Municipal estão ao abrigo da bimestralidade, está sendo cumprida a
bimestralidade, no que cumprimentamos a Mesa da Casa, a Presidenta da Casa e a
Mesa, mas o Executivo se nega ao cumprimento da Lei.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Elói Guimarães, quero cumprimentar V. Exª pela forma
como aborda o problema. Mas eu gosto das coisas documentadas. Eu sempre disse
que o Prefeito tirou o dinheiro dos municipários. Aqui está o Relatório do
Tribunal de Contas, assinado, que diz textualmente (Lê.): “Da despesa total com
pessoal. Consigno que o percentual apurado no final do exercício de 2003, no
que se refere à despesa total com pessoal apresentada pelo Executivo Municipal,
é inferior ao limite de 90%, que é o limite prudencial de que trata o art. 59,
§ 1º, inciso II da Lei Complementar nº 101/2000, razão pela qual não houve
emissão de alerta ao Poder em tela”. Portanto, o Executivo
"sarrafiou" o dinheiro dos servidores municipais e continua fazendo o
mesmo.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Exatamente. Nós tivemos a oportunidade,
no ano passado, Ver. João Antonio Dib, V. Exª e eu, de discutir essa matéria,
inclusive trazida por V. Exª, e demos um Parecer firmando um entendimento que
de forma nenhuma poderia ser deixado de descumprir o preceito da Lei, mormente
por meio de decreto, quando se sabe que decreto não pode alterar a lei. E a
questão da Lei de Responsabilidade Fiscal, as informações vindas do Executivo
eram absolutamente inconfiáveis.
Eu
agora passo a examinar a questão da Saúde, também objeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Há uma experiência que eu reputo exitosa em Porto Alegre, que já
se contam duas décadas, 20 anos, que são exatamente os Postos de Saúde da
Família. Uma experiência que foi iniciada na Zona Norte de Porto Alegre. Tive a
oportunidade de, juntamente com aquela comunidade, dar os primeiros passos no
sentido desses postos avançados de atendimento à saúde.
Faz
20 anos, Ver. Isaac Ainhorn. Nós estamos em 2004, e foi em 1985, ano eleitoral,
e logo em seguida veio a administração do Prefeito Alceu Collares que deu
seguimento no que respeita à área municipal. Eu, na oportunidade, Secretário
Municipal dos Transportes.
São
iniciativas importantes que, na minha opinião, buscam levar o Poder Público,
por assim dizer, o Estado, junto à comunidade. Uma das melhores políticas que
se possa fazer na comunidade é, exatamente, levar o Poder Público,
capilarizando, por assim dizer, à comunidade.
Domingo
estivemos juntos com o Secretário José Otávio Germano, na questão dos postos
móveis da Brigada Militar - é uma forma de capilarizar. Então, em todas as
áreas, temos de fazer com que o Poder se movimente, se mobilize e procure as
comunidades, fazendo esses serviços. Porque, se nós interiorizarmos a ação de
saúde, vamos ter ganhos significativos, porque se coloca o posto, o atendimento
médico, a enfermeira, em questões que podem ser resolvidas no local, Ver. Luiz
Braz, pois há a presença, ali, da assistência técnico-científica com a
comunidade, e evita, exatamente, os deslocamentos e - o mais grave, que está
acontecendo hoje - a falta de fichas, as filas para o atendimento de pessoas
que necessitam de uma consulta. Veja V. Exª, nem se trata de hospitalização, é
uma consulta. As pessoas são obrigadas, à madrugada, nas invernias gaúchas, a ir
para a fila e ali ficar horas. E muitas vezes, Ver. Luiz Braz, voltam-se contra
pessoas que ficam na fila! Mas eu pergunto: por que se voltar contra
determinadas pessoas que ficam na fila, talvez até recebendo cinco, dez pilas -
dez reais, quando pessoas velhas não podem ficar na fila? Então, valem-se,
Vereador-Presidente dos trabalhos, de uma pessoa que se dispõe a ficar na fila.
Então, essa discussão de pessoas que muitas vezes estão lá na fila e ganham um
trocadinho, tem de ser bem discutida. Por exemplo, imaginem um casal de velhos,
que precisa ser atendido pelo SUS: eles podem ficar na fila? Não! Absolutamente
não! Muitas vezes, um vizinho, ou alguém que está desempregado diz: “Olha, tio”
- avô, etc. – "eu vou lá na fila”. E termina indo para a fila, pegando a
ficha. Portanto, essas coisas têm de ser olhadas com muito conhecimento de
causa, sob pena de até se proibir que as pessoas sejam atendidas pelo SUS.
Fica,
portanto, aqui, Presidente em exercício, Ver. Ervino Besson, a nossa
manifestação, no que respeita esses aspectos aqui focalizados. Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Elói Guimarães. Pois não,
Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Como eu recebi uma representação da Casa,
no momento em que foi feita a chamada, consideraram que ainda estava em
representação, mas eu já estava aqui na Casa. Eu quero recuperar o meu direito
de falar em Pauta, pois havia, tempestivamente, antes de sair para a
representação, feito a devida anotação.
(O
Ver. Elói Guimarães assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Reginaldo Pujol traz uma questão
que a Mesa, evidentemente, e a Presidência vão decidir. No momento em que fazia
a chamada, por razões já fundamentadas pelo Ver. Reginaldo Pujol, o próprio não
se encontrava. Então, não estando presente na hora da chamada, a regra, o
princípio, é a perda. Evidentemente, se houver um acordo entre V. Exª, a Verª
Maria Celeste e a Verª Helena Bonumá, nós podemos dar-lhe a palavra. Mas tem de
haver acordo. Do contrário, eu deferirei a chamada à Verª Maria Celeste, em que
pesem os argumentos de Vossa Excelência.
O SR. REGINALDO PUJOL: A Bancada do Partido dos Trabalhadores é
muito magnânima, compreendeu a situação. Uma das colegas vai declinar do tempo.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Administrada a questão, o Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, senhoras e senhores
Vereadores, antes de mais nada, o meu agradecimento às Vereadoras do Partido
dos Trabalhadores - Verª Maria Celeste e Verª Helena Bonumá -, que,
elegantemente, compuseram a oportunidade de a Presidência encaminhar
satisfatoriamente o acordo por ele iniciado, com sua sabedoria nunca negada na
condução dos trabalhos. Acho que fizeram bem as companheiras Vereadoras do
Partido dos Trabalhadores, porque isso vai-me permitir ingressar nessa
discussão com muita tranqüilidade, com muita serenidade e, agora, com
responsabilidade redobrada, na medida em que só chego à tribuna em face da
concordância das colegas já referidas.
Eu
tenho uma preocupação - e, aqui, vou-me dirigir diretamente aos companheiros do
Partido dos Trabalhadores - com a insistência com que os elaboradores das
mensagens do Executivo insistem em alguns pontos, que são, Ver. João Dib,
sistematicamente alterados por nós aqui na Câmara Municipal, e, ano após ano -
parece até, perdoe-me pela expressão, Vereador, por preguiça; não posso
acreditar que seja com má intenção -, acho que, para não terem a necessidade de
pensar, copiam o que escrevem no ano anterior e remetem para a Câmara
Municipal.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Vereador Reginaldo Pujol, se V. Exª olhar o art. 11, verá que
o Executivo fez uma manobra, algo muito sub-reptício, em que ele apenas excluiu
a obrigatoriedade de fornecer a senha para que nós soubéssemos a quantas anda a
contabilidade prefeitoral: ele retirou o parágrafo único do art. 11.
O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito! Veja V. Exª, Ver. Dib, que
alguma coisa - dizem que “água mole em pedra dura tanto dá até que fura” - a
gente pode saudar como já compreensão do que é o pensamento dominante aqui na
Casa. O art. 3º - eu quero fazer este registro de forma positiva - já vem
redigido da maneira que nós, Vereadores, nos últimos anos, toda vez que
enfrentamos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, alteramos a redação que
sistematicamente era introduzida, e aqui, neste particular, eu reconheço o que
houve uma evolução; esse texto que diz que na elaboração do Projeto de Lei
Orçamentária, na fixação de seus programas, projetos, objetivos e metas será
garantida a participação de toda a sociedade civil é exatamente o que a Casa
sempre argumentou nos últimos anos. Nesse particular, faça-se o registro de
forma positiva, aprenderam os elaboradores do Orçamento e da Lei de Diretrizes
Orçamentária que essa é uma posição dominante aqui na Casa, que seria insistir
inadequadamente na sua modificação.
Entretanto,
nós observamos o art. 7º, Ver. Luiz Braz, e V. Exª participou do exame dessa
matéria junto comigo; nós estivemos discutindo longamente neste fim de semana.
Aqui a gente já flagra, no art. 7º, uma dessas insistências, quando diz que no
Projeto de Lei Orçamentária constarão as seguintes autorizações (Lê.): “I -
Para abertura de créditos suplementares, como segue: a) até o limite de 10%
(dez por cento) do total da despesa autorizada”. Olha, faz seis anos que tento
isso, faz seis anos que a Casa reduz, e agora se insiste de novo. Parece que
querem eternizar essa discussão. Nós já havíamos até concertado. Eu acredito
que, na atual Lei de Diretrizes Orçamentárias, Verª Margarete Moraes, o que
predomina, o percentual, deva ser fruto de uma emenda nossa. A nossa Emenda foi
acolhida pelo Governo, pelo Partido dos Trabalhadores, porque era menos
rigorosa do que a sua Emenda, Ver. Luiz Braz, mas é muito longe dos 10%. Se não
me falha a memória, é 4,25%...
O SR. REGINALDO PUJOL: É, eu lembro bem, Ver. Braz, que, na
discussão anterior, um grupo técnico me apoiou - um deles, inclusive, se
encontra aqui, assistindo a esta reunião - e nos trouxe o que era a média das
suplementações nos outros anos. Então, nós reduzíamos um pouco a média e
consagrávamos os 4,25%. Veja bem, eu quero chamar atenção, Ver. Haroldo de
Souza, para uma realidade. Neste fim de semana, o Dr. Ricardo Collar,
Secretário da Fazenda, anuncia que o Orçamento do Município no ano vindouro,
Ver. João Dib, supera 4 bilhões de reais. Dez por cento de quatro bilhões de
reais são 400 milhões de reais, que nós estaríamos a consagrar como
suplementação orçamentária. Os 4,25% a que eu estou me referindo já chegariam
nesse número ao montante de cerca de 200 milhões de reais, que é uma soma
astronômica. Diz o Ver. Braz que, este ano, o ano que está em curso, ou no ano
anterior, as suplementações atingiram 81 milhões de reais. Ora, 81 milhões de
reais, que é uma cifra extraordinária, é maior, Verª Helena Bonumá, do que o
Orçamento da quase totalidade das Secretarias. Raras Secretarias têm 81 milhões
de reais. A Secretaria de Cultura não tem, Ver. Margarete Moraes, de jeito
nenhum! Então, eu acho que por aí vem o parâmetro a que nós temos de chegar.
O SR. LUIZ BRAZ: É mais do que isso, Ver. Pujol. Noventa
milhões é a suplementação que nós votamos no ano passado, e 4,25% dá perto de
90 milhões, um pouquinho mais. E, na Reserva de Contingências, aí, sim, 81
milhões de reais.
O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito. Agradeço ao Ver. Luiz Braz,
que me socorre com propriedade.
De
outro lado, eu estou fazendo comentários porque antecede, naturalmente, a
necessidade que nós temos de estabelecer um consenso na Casa de que existem
exageros nessa Lei. Seria de todo conveniente que, ao invés de nós ficarmos nos
digladiando com Emendas, algumas das quais podem radicalizar - e o ano passado
nós tivemos uma situação dessa ordem -, a gente poderia chegar a um consenso,
ajeitando essas coisas.
Diz
aqui o art. 8º (Lê.): “No Projeto de Lei Orçamentária constará,
necessariamente, dotação orçamentária sob o código 9.9.99.99, Reserva de
Contingências, em valor correspondente, no mínimo a 5,8% sobre a Receita
Corrente líquida, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros
riscos...”, Ver. Elói.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: Verª Sofia Cavedon, vou-lhe conceder um
aparte e vou lembrar que V. Exª, para a satisfação do Governo do Município e para
a nossa tristeza, ficou dois anos fora daqui, da Casa, ou mais que dois anos,
três anos, eu acredito, na Secretaria de Educação.
A Srª Sofia Cavedon: Um ano e três meses.
O SR. REGINALDO PUJOL: Mas pareceu uma eternidade. Durante esse
período todo, insiste com esses 5,8%, e nós acabamos sempre modificando, é uma
teimosia desnecessária. E V. Exª, que é uma mulher inteligente, não é uma
mulher teimosa, que eu sei disso, é obstinada, mas não teimosa.
A Srª Sofia Cavedon: Quando se tem convicção, acho que a
teimosia é uma qualidade. Apenas para o senhor não permanecer em erro, houve um
erro do jornal que duplicou o Orçamento, 4 bilhões seriam dois Orçamentos da
Prefeitura, o correto são 2 bilhões e alguma coisa, que é o que está Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
O SR. REGINALDO PUJOL: Mas, Vereadora, mesmo com esse erro, é
uma “barriga” jornalística...Eu não sei qual é o jornal que V. Exª está dizendo
que deu essa “barriga” tão grande, eu não acusaria a imprensa de ser tão
falaciosa nesse sentido. Mas, realmente, se nós considerarmos o Orçamento
completo, nós teremos, com toda a certeza, muito mais que 2 bilhões. Dois
bilhões eu acredito que possa ser o Orçamento...
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor, Ver. Reginaldo Pujol, para
concluir, seu tempo acabou.
O SR. REGINALDO PUJOL: Perdoe-me, Presidente, eu acho que não
foi marcado o tempo.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Foi marcado, sim, 10 minutos.
O SR. REGINALDO PUJOL: Acho que o Ver. Elói esqueceu.
Mas,
de qualquer sorte, Presidente, eu concluo em homenagem a V. Exª, dizendo o
seguinte: que são essas situações que, historicamente, se repetem, que nós
precisamos, num consenso, inteligentemente, evitar. Vamos trabalhar para poder
votar essa Lei de Diretrizes Orçamentárias, sem nenhum frisson, sem nenhum passionalismo, mas com a racionalidade que,
infelizmente, não presidiu a elaboração da Lei. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exma Verª Margarete Moraes,
Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, demais Vereadores, Vereadoras e
todos os que nos assistem nesta tarde. Em primeiro lugar, nós gostaríamos de
registrar, aqui, a importante eleição realizada no dia 17, na quinta-feira
passada, para a Reitoria e Vice-Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Votaram mais de 11 mil, entre estudantes, professores,
técnico-administrativos, e houve a vitória incontestável da Chapa 2, que teve,
como candidato a Reitor, o Prof. José Carlos Hennemann, atual Vice-Reitor da
UFRGS, e como candidato a Vice-Reitor, o Prof. Pedro Dutra Fonseca, atual
Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas. Essa Chapa, que teve o apoio
oficial da União da Juventude Socialista e da Corrente Sindical Classista,
entre outras forças, obteve 60% dos votos, Verª Sofia Cavedon, sendo que venceu
nos três segmentos: dos professores, com cerca de 63% dos votos; dos
técnico-administrativos, com 57%, 58%; e dos alunos, com 59% dos votos. E a
segunda chapa teve em torno de 30%, 28%; a Chapa 1; e a Chapa 3 teve em torno
de 12% dos votos. Foi uma vitória daqueles que lutam por uma universidade
pública de qualidade e vinculada à luta por um novo projeto de desenvolvimento
para o Brasil. Caberá agora ao Consun deliberar, mas já existe um acordo entre
as três chapas, Ver. Haroldo, de que esses votos serão contabilizados na
proporção de 40% para os professores; 30% para os técnicos; 30% para os alunos;
e o mais votado será indicado e aceito pelo Ministro Tarso Genro, da Educação.
Também
queríamos dizer que, na sexta-feira passada, tivemos uma reunião da CUTHAB, com
os moradores que ocupam uma área da Guerino, no Jardim Leopoldina, ali ao lado
da Praça México, em que, inclusive, estivemos, na noite de sexta-feira, numa
assembléia, trazendo a preocupação contra um iminente despejo que seria
realizado. Eles lá se encontram, cerca de 300 famílias, desde o dia 6; tiveram
um primeiro início de despejo, houve uma liminar que o Juiz deu, e suspendeu o
despejo, mas novamente está sob ameaça de despejo, inclusive o Ver. Renato
Guimarães, nosso Presidente, dirigiu-se, neste momento, lá para o Jardim
Leopoldina, para onde foi o Juiz também, e na reunião de sexta, por uma
proposição nossa, acolhida pela Comissão, encaminhamos um documento ao Juiz,
pedindo um prazo de 15 dias. Marcamos uma reunião, que se realizou nesta Casa,
uma reunião Extraordinária da CUTHAB, e nessa reunião, infelizmente a Guerino
não veio, esteve a Caixa Econômica Federal, esteve a Secretaria de Habitação do
Estado, esteve o DEMHAB, estiveram os moradores, a Comissão de Direitos Humanos
da Assembléia, e foi encaminhado um pedido de audiência ao Sr. Juiz. Então,
estamos fazendo um grande esforço para evitar esse despejo.
Por
fim, eu queria saudar, aqui desta tribuna, a vitória, Ver. Garcia, que o
Governo brasileiro teve, o Brasil, não é o Governo brasileiro, teve na OMC,
Organização Mundial do Comércio, em que a OMC confirmou a decisão que já havia
tomado em abril, favorável ao Brasil, contra os subsídios que os Estados Unidos
dão aos produtores de algodão, na norte-américa, de mais de 20 bilhões ao ano,
subsídios de quase 90%, Ver. Haroldo, fazendo com que os Estados Unidos tenham
passado a sua participação, nas exportações do algodão, de 17% para 42%,
arruinando os produtores brasileiros e os produtores do Oeste da África. Com
isso, o Brasil venceu e é a primeira contestação a subsídios dos países do
Primeiro Mundo, na OMC, vitoriosa, abrindo um precedente para que os povos do
Terceiro Mundo contestem, Ver. Garcia, subsídios de mais de 300 bilhões de
dólares, ao ano, aos produtores agrícolas dos países do Primeiro Mundo, e
arruinando os nossos países. Fica aqui a lição para aqueles que ainda acreditam
na cantilena neoliberal de livre comércio e de abertura das fronteiras. Nós
abrimos as fronteiras, e eles subsidiam os seus produtores, arruinando os
nossos produtores. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Helena Bonumá está com a palavra
para discutir a Pauta Especial, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.
A SRA. HELENA BONUMÁ: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, mais uma Pauta Especial na qual debatemos sobre a
Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2005.
O primeiro ponto que quero ressaltar, e foi ressaltado aqui
por alguns Vereadores, é sobre a importância do artigo 3º do Projeto de Lei,
que coloca em evidência a participação da sociedade na resolução, na discussão,
na fixação dos programas, projetos, objetivos e metas da Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Esse um processo importante. Nós, aqui, na cidade de Porto
Alegre, diferente da grande maioria dos Municípios brasileiros, infelizmente,
ainda, nós temos nos destacado pelo processo de participação popular, da gestão
participativa, em que o Orçamento público é debatido com a comunidade, e vem
para a Câmara de Vereadores, a partir desse processo estabelecido em parceria
com a comunidade.
Portanto, é um marco fundamental na elaboração da LDO, na
elaboração do Orçamento anual da Prefeitura de Porto Alegre, a participação da
comunidade, é a nossa marca, é o que distingue Porto Alegre no mapa do mundo, a
partir da experiência democrática que aqui realizamos.
No artigo 7º, como alguns Vereadores já colocaram aqui,
consta: Autorização para abertura de créditos suplementares, de realização de
operação de crédito, realização em qualquer exercício de operação de crédito
por antecipação de receita.
O
mínimo de 10% do total da despesa autorizada para crédito suplementar tem sido
questionado pelos Vereadores, aqui, que recuperam uma marca de pouco mais de
4%, que esta Câmara tem fixado para o Executivo anualmente. Se eu não me
engano, o Governo do Estado tem, no seu Projeto, os 10% previstos como aqui.
Esse é um dado importante, porque o Executivo tem que ter os instrumentos, tem
de ter a capacidade necessária para a gestão. Nós não podemos, a partir do
Poder Legislativo, que não é responsável legalmente pela gestão, ficar
engessando as condições e a capacidade que o Executivo tem de estar dando
resposta a situações que demandam essa capacidade. Portanto, estamos
defendendo, aqui, sim, a manutenção desse índice de, no mínimo, 10% para o
crédito suplementar. Entendemos que, com isso, se dialoga com a capacidade do
Executivo de estar respondendo às necessidades.
Quero
comentar que o Ver. Reginaldo Pujol, na sua intervenção, cometeu um erro ao
citar - o erro não é do Vereador, é do jornal Zero Hora - que o Orçamento para
2005 é, no marco, de 4 bilhões de reais, quando não é. O que nós temos
previsto, aqui, é de R$ 2.037.411.680,00, portanto, a metade do que o Vereador
colocou que seria o nosso Orçamento. Isso é uma coisa importante, e em Porto
Alegre isso tem sido um processo transparente que toda comunidade tem acesso a
essas cifras, e sabe de onde sai o dinheiro público municipal.
E,
por fim, a discussão importante para nós é a dos anexos que fixa as metas que a
LDO vai estar priorizando. A questão da Saúde e Assistência Social nós já
debatemos outro dia, e, hoje, eu gostaria de falar sobre um ponto, Ver. Ervino
Besson, extremamente importante: o item 6º, que é o desenvolvimento econômico.
Nós temos, em Porto Alegre, salientado alguns programas que são importantes na
área de apoio à micro e pequenas empresas, como é o programa da extensão às
redes empresariais de micro e pequenas empresas. Eu cito o fato de que, a
partir de alguns conveniamentos, como, por exemplo, com a Universidade
UniRitter, a Prefeitura está desenvolvendo - na semana que vem, terá uma
atividade na PUC - todo um processo de qualificação de fomento, de apoio às
redes empresariais de micro e pequenos empresários, seja na área da
comunicação, como, por exemplo, será o evento, na semana que vem, com os
jornais de bairros de Porto Alegre e pequenos jornais de Porto Alegre,
constituídos em rede, que a Prefeitura busca dar um aporte, um apoio para que
essa rede se constitua e que esses jornais se capacitem, se qualifiquem para
poder melhor estar prestando os seus serviços à nossa comunidade e estruturar o
seu negócio. Em diversas áreas econômicas também tem sido feito isso.
Há
discussão da geração de renda. A temática de desenvolvimento econômico da
Cidade tem, há algum tempo, pontuado isso, e está crescendo na cotação do
Orçamento Participativo a demanda por apoio, por estruturação da Assessoria da
SMIC na área dos programas de geração de renda junto à nossa comunidade. Esses
programas dialogam, extremamente, com a Assistência Social e é, vamos dizer
assim, do ponto de vista do combate ao desemprego, talvez, o primeiro passo que
as nossas comunidades possam estar constituindo na formação de cooperativas e
associações de produtores e, assim, a partir da vocação de cada comunidade,
estar fazendo frente ao desemprego, criando alternativas concretas aos seus
cidadãos.
Saliento,
também, o que está colocado aqui, como um ponto importante que tem distinguido
Porto Alegre, a questão da ciência e da tecnologia. Nós tivemos, há pouco
tempo, em meados de maio, a realização da 3ª Conferência Municipal de Ciência e
Tecnologia, em que participantes do Governo Federal saudavam o nosso Município
por entender que são poucos os Municípios que, como Município, se dedicam à
questão da ciência e tecnologia e abrem um espaço efetivo para discutir
políticas nesse sentido; a parceria que pode estar havendo entre o setor
empresarial e o setor público no desenvolvimento da nossa Cidade como um pólo
tecnológico. Porto Alegre já tem dado passos importantes nesse sentido e essa
3ª Conferência foi um marco nesse entrosamento das políticas públicas com o
setor empresarial, quando se discutiu dois pontos importantes para nós: a
inclusão digital a partir do desenvolvimento tecnológico, de um pólo de
informática da tecnologia da informação. Nós estarmos trabalhando e dialogando
com a inclusão digital na Cidade, e a Prefeitura de Porto Alegre já tem, agora,
na Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana, o programa Telecentros,
em parceria com a Procempa, que já está, em 18 áreas da nossa Cidade,
disponibilizando para a nossa comunidade, computadores, ou seja, utilizando-se
da tecnologia da informação, não simplesmente para que a comunidade possa estar
acessando, tendo seu e-mail, fazendo suas consultas, mas para que a gente possa
estar construindo espaços qualificados que dialogam com as políticas públicas
municipais e que, dessa forma, vão estar criando melhores condições para que a
comunidade - nas diferentes regiões, de acordo com a sua vocação, com as suas
necessidades - possa estar se utilizando desse espaço, ou seja, utilizando-se
da tecnologia para melhorar a vida, para qualificar seus negócios, para atender
as suas necessidades e para dialogar mais efetivamente com as políticas
públicas municipais.
Esse
processo está em andamento, está em curso na Cidade de Porto Alegre e tem nos
distinguido também. E quanto ao Software Livre,
como todos sabem, tivemos o V Fórum Internacional do Software Livre, no início de junho, em Porto Alegre - não é à toa
que ele veio parar em Porto Alegre -, reunindo militantes, técnicos, profissionais
da área da informática de todo o mundo, que distingue na nossa Cidade um palco
importante de desenvolvimento na busca de liberdade, em relação à produção do
conhecimento, ao usufruto do conhecimento e à informação. Portanto, a questão
do Software Livre dialoga com a
ciência e a tecnologia, com a idéia de que Porto Alegre possa estar se
constituindo como um pólo de referência nesse sentido, e isso aí tem a ver com
o desenvolvimento dos negócios e da cidadania.
Gostaria,
ainda, de comentar sobre mais dois pontos nesta parte do desenvolvimento
econômico. Um, que fala sobre o Parque Industrial da Restinga e a atração de
novos empreendimentos para o Parque. A Prefeitura está em parceria com o
Governo Federal disponibilizando mais um equipamento no Parque Industrial da
Restinga que tem a ver com a produção cultural. É um estúdio multimeios que já
tem projetos, já está sendo finalizada uma parceria com o Governo Federal para
a sua construção e que agrega 14 grupos produtores culturais de jovens, na
Restinga, dentro de uma proposta de prevenção à violência, de estarmos
construindo alternativas para a nossa juventude a partir daquela potencialidade
que a própria juventude tem de se dispor a dar, a contribuir e a participar na
construção das nossas políticas públicas.
E
outro ponto, dentro do desenvolvimento econômico, é a realização de eventos de
caráter nacional e internacional, ou seja, estarmos, de uma forma mais efetiva,
trabalhando, permanentemente, eventos que possam estar consolidando Porto
Alegre como uma referência. E nós temos, em janeiro de 2005, a realização do V
Fórum Social Mundial, que todos nós sabemos que para os negócios, na Cidade de
Porto Alegre, é fundamental. Ele ocorre num momento em que estaríamos todos de
férias na praia, e ele significa o incremento significativo do ponto de vista
do turismo, ou seja, de hotéis, táxis, transportes coletivos, casas noturnas,
redes de restaurantes, enfim, ele dinamiza, por mais de um mês a nossa Cidade,
trazendo pessoas do mundo inteiro para conhecê-la e, aqui, fazerem o debate do
Fórum Social Mundial. Portanto, é importante, sim, que a gente estruture a
capacidade da nossa Cidade em dar resposta e termos isso de uma forma
permanente, como uma fonte de negócio, como uma fonte de renda e,
principalmente, o aprofundamento da experiência democrática em Porto Alegre
como uma referência para o mundo.
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, o nosso Vereador de Viamão, o Ver. Nestor, nos
trouxe um assunto que tem sido bastante discutido lá em Viamão, mas que
interessa, de perto, aqui em Porto Alegre. É relativo ao Terminal Sepúlveda.
Aquele Terminal está para ser alterado em função da recuperação do Patrimônio
Histórico do município de Porto Alegre. Diariamente milhares de moradores de
Viamão vão àquele local e, agora, estamos discutindo para ver qual o melhor
local que os moradores de Viamão vão ficar no Centro de Porto Alegre. Nos dias
23 e 25 deste mês, uma Comissão, criada por usuários, Vereadores e mais a
Prefeitura de Viamão, juntamente com a Metroplan e a EPTC de Porto Alegre,
estarão realizando uma audiência pública para acertar a nova mudança,
definitiva, a partir já do mês de julho. É importante lembrar que, no final de
2003, foram realizadas duas audiências públicas, uma no Santa Isabel e outra no
Centro, onde foi tirada uma comissão para o acompanhamento e busca de
alternativas de um novo local, visto a necessidade da saída do Terminal
Sepúlveda, como nós dissemos, em função da recuperação do Patrimônio Histórico.
A comissão, por sua vez, realizou diversas vistorias, encaminhou propostas para
os responsáveis, em Porto Alegre, da EPTC. Os locais foram inviabilizados. Após
o retorno ao local inicialmente proposto, foi solicitada uma nova
infra-estrutura, o que foi sinalizado positivamente pela mesma, com o aval da
Metroplan. Queremos, então, mais uma vez, lembrar essas audiências públicas,
que serão realizadas na Paróquia Santa Isabel, no dia 25, às 20h, e no dia 23,
às 20h, na Câmara de Vereadores.
Então,
este Vereador, atendendo a um pedido do nosso Vereador do PSB de Viamão,
solicita que a Comissão de Urbanismo, Transportes e Habitação da Câmara
Municipal de Porto Alegre se engaje nesse Movimento, para que os municípios de
Porto Alegre e de Viamão possam fazer essa transição de forma pacífica. Sabemos
que o terminal tem de sair daquele local da Sepúlveda, tem de ser relocado, em
função da revitalização do Centro. Mas, ao mesmo tempo, fazemos questão de não
prejudicar os usuários de Viamão. Portanto, solicito que o Ver. Renato
Guimarães, como Presidente da Comissão de Urbanismo, Transportes e Habitação,
compareça a essas audiências públicas, para que, juntos – as duas Câmaras
Municipais, os usuários e os órgãos técnicos relativos à Metroplan e EPTC -
possamos ter uma definição do local.
Queremos
agradecer e parabenizar o trabalho que o Ver. Nestor tem desenvolvido lá em
Viamão, ao longo desses três anos, de forma sistemática, em reuniões com a
população daquele Município, tentando equacionar esse problema que, com essas
duas audiências públicas, poderá ter uma solução imediata. A idéia é, a partir
de julho, já fazer a retirada do Terminal Sepúlveda, que congestiona o Centro
de Porto Alegre. Temos hoje alguns problemas na Sepúlveda como há na Av.
Salgado Filho. Com essas audiências, em julho, teremos uma solução definitiva
para esses usuários de Viamão. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas
galerias e também pela TVCâmara, eu quero saudar a todos. Mais uma vez nesta
tribuna – e não vai ser a última também, porque temos, graças a Deus, o direito
de ocupar esta tribuna -, quero falar a respeito do meu Projeto de conceder o
passe livre aos alunos que não têm condições de freqüentar as salas de aula,
porque não têm dinheiro para a passagem; eu tenho recebido muitas reclamações
de pais a esse respeito, e vou iniciar um levantamento nas escolas para trazer
a esta tribuna; vou denunciar isso, mais uma vez, aqui nesta tribuna.
Como
já disse outras vezes - e repito - entrei com um Projeto nesta Casa para
solucionarmos o problema dos alunos que não têm dinheiro para freqüentar as
salas de aula; é aquele meu Projeto que retira os ônibus gratuitos de seis finais
de semana e canaliza esses recursos para aqueles alunos que não têm dinheiro
para dirigirem-se às salas de aula. Para minha estranheza, fui verificar hoje
onde anda o Projeto. O Projeto está com o Ver. Renato Guimarães, para parecer,
desde o dia 20 de maio, e pelo Regimento, é claro, Ver. João Antonio Dib, nós
temos 12 dias para fazê-lo; pelo menos este Vereador obedece rigorosamente ao
que reza o Regimento, e quando um Projeto cai em minhas mãos para dar o
parecer, respeito a data, conforme reza o nosso Regimento. Só que meu amigo e
colega Ver. Renato Guimarães está
desde o dia 20 de maio com o Projeto; portanto, há um mês, e não deu o parecer.
Eu
tenho dito nesta tribuna que temos de reabrir a discussão deste Projeto; os
Vereadores têm de dar o parecer, sim ou não, para que possamos reabrir essa
discussão, porque é um Projeto que vai trazer benefícios para a nossa Cidade,
para as nossas crianças. Como já disse, os ônibus gratuitos já deram a sua
colaboração; temos, durante o ano, uma vez por mês, o ônibus gratuitamente.
Prestou o seu trabalho social. Agora, o Vereador que tiver alguma dúvida, meu
caro Secretário - trato-o como Secretário da SMOV pelo seu trabalho e pelo
maior respeito que tenho a V. Exª-, pode fazer uma pesquisa junto à sua comunidade,
junto aos pais desses alunos, para discutir esse Projeto. Não quero dar as
láureas desse Projeto somente para este Vereador, para a vitória deste
Vereador, porque não vai ser só o meu voto que vai aprovar esse Projeto; mas
vão ser os votos dos Srs. Vereadores e Vereadoras, porque é um Projeto de
grande alcance social para a Cidade, para que esses recursos sejam canalizados
para os alunos que não têm dinheiro para a compra de passagens, nem sequer para
a passagem escolar, por isso, não freqüentam as salas de aula e estão aí na
rua. Nós temos a solução aqui nesta Casa, sem onerar mais a passagem, que já é
cara.
Portanto,
peço, mais uma vez, em nome desses alunos que não freqüentam as salas de aula,
desses pais que me procuram, não só a este Vereador, mas a V. Exas
também, pedindo socorro, porque seus filhos não freqüentam as salas de aula,
porque não têm dinheiro para a passagem. Nós temos aqui a solução em nossas
mãos.
Então,
meu caro Vereador, Líder da Bancada do PT, eu tenho certeza de que V. Exª fará
esse apelo ao Ver. Renato Guimarães, para dar o parecer ao Projeto, favorável
ou não, para podermos abrir essa discussão neste plenário.
Também tenho outro
Projeto, que está com a Verª Maristela Maffei, desde o dia 20 de maio, a
respeito do nome do consumidor das contas d'água. O Ver. Guilherme Barbosa já
se pronunciou aqui desta tribuna, e gostaria que outros Vereadores também
participassem. Vamos abrir essa discussão aqui. Quando eu trago um Projeto,
aqui, nesta Casa, é porque é um apelo da comunidade de Porto Alegre. Vamos,
então, reabrir essa discussão, para que possamos, com esse Projeto, beneficiar
os nossos consumidores, porque a conta d'água não vai no nome do consumidor;
ela vai só pelo endereço e tem dado uma série de problemas em nossa Cidade.
Portanto,
faço esse apelo, mais uma vez, ao Ver. Renato Guimarães, para que dê o seu
parecer a respeito do Projeto nº 2.123, do passe livre, e do Projeto nº 1.875,
também sobre a conta d'água, para que conste o nome do consumidor, da Ver.
Maristela Maffei. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O
Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, a
Revista Veja da semana que passou faz um artigo brilhante sobre multiplicação e
demografia (Lê.): "Na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para
moradoras, filhos dão status e impõem
respeito". Enquanto isso, a população do Brasil está crescendo num nível
de 4,3% ao ano; a população pobre do Brasil cresce 4,6%; a população
brasileira, 1,6%, ao ano. Esse dado estatístico passa a ser alarmante, porque
temos cidades no Brasil, por exemplo, como São Caetano do Sul, em São Paulo,
que tem a menor taxa de fecundidade do Brasil. Lá, coincidindo com a menor taxa
de fecundidade, a renda per capita é
a mais alta do País; a taxa de alfabetização é de 97%; a população que vive em
favelas é zero, não existe favela na cidade de São Caetano do Sul; o percentual
de jovens na universidade é de 27,5%; o Índice de Desenvolvimento Humano é o
mais alto do País, é de quase 1%. E, no ciclo da desgraça da fome e da miséria,
parece mentira que a questão da fertilidade é fundamental; quanto mais pobre,
mais fértil, e, em alguns pontos do Brasil, a média, que é de 1,6%, passa, na
população pobre, a 4,6%. E o percentual de partos por mulheres que, na Itália e
na Espanha, é de 1%, no Brasil ainda está numa média muito alta, de quase 3%,
entre 2% e 3%.
Por
que eu falo sobre isso? Por causa das crianças da Cidade de Porto Alegre. E eu
queria voltar a falar, perante esses dados estatísticos brasileiros, da
importância do Estatuto da Criança e do Adolescente, mas, especialmente, do
Conselheiro Tutelar.
Esta
Casa vai ter de se debruçar sobre esse assunto de todas as maneiras, porque o que
aconteceu há três domingos é inconcebível que aconteça, novamente, na história
de Porto Alegre. Nós precisamos modificar o processo eleitoral do Conselho
Tutelar, porque o que está em jogo é, exatamente, essa questão da orientação
das crianças num País em que o número de crianças ainda é muito grande, e o
papel do Conselho Tutelar é decisivo, definitivo.
Nós não queremos mais qualquer tipo de exploração eleitoral,
político-partidária, nesse assunto. Nós queremos modificar a Lei para
melhorá-la e não para ser conivente com o que aconteceu na última eleição do
Conselho Tutelar em Porto Alegre, que precisa ser revisada, precisa de que
todos sentem à volta de uma mesa para debater e chegar a uma conclusão de que
precisamos aperfeiçoá-la. Os erros não estão só na organização, mas, também, na
cultura da eleição, numa série de outros eventos que fazem com que nós
necessitemos não só da revisão completa do processo eleitoral, mas nós
precisamos nos revisar no sentido de melhorar e dar àquelas crianças aquilo que
nós poderemos dar em matéria de Conselho Tutelar, em matéria de Estatuto da
Criança e do Adolescente.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC.
N.º 3047/04 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 005/04, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que
susta o Decreto n.º 14.530, de 14 de abril de 2004, que dispõe sobre as Áreas
de Interesse Cultural previstas no art. 92 do PDDUA, explicita parâmetros para
aprovação de projetos nas respectivas áreas, bem como dá outras providências.
PROC.
N.º 3245/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 086/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Resolução n.º
1.576, de 9 de outubro de 2001 – que institui, na Câmara Municipal de Porto
Alegre, quota básica mensal de custeio a materiais e serviços para os gabinetes
dos Senhores Vereadores –, mediante acréscimo de custeio de licenças para uso
de software aos itens formadores da
mencionada quota e da sujeição do uso de material de expediente a limites.
2.ª SESSÃO
PROC.
N.º 3042/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 128/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua José Pereira da Cunha um logradouro público não-cadastrado,
localizado no Bairro Vila Nova.
PROC.
N.º 3043/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 129/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Bertha Leonora Mückler um logradouro público não-cadastrado,
localizado no Bairro Vila Nova.
PROC.
N.º 3044/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 130/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Giobatta Giuseppe Petracco um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC.
N.º 2227/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 094/04, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que
proíbe a cobrança por serviço de estacionamento prestado aos usuários do
Sistema Único de Saúde nas situações previstas na Lei Complementar n.º 434, de
1.º de dezembro de 1999, e alterações posteriores (PDDUA).
PROC.
N.º 2919/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 125/04, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que
inclui a Festa de Nossa Senhora de Lourdes, realizada no domingo mais próximo
ao dia 11 de fevereiro, e a Piedosa Romaria, no primeiro domingo de maio, no
Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.
PROC.
N.º 2945/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 083/04, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o prêmio
artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico Jorginho do Trompete.
PROC.
N.º 2973/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 084/04, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que cria o Título
Honorífico e o Troféu “José Bertaso”, que serão concedidos, anualmente, à
pessoa física ou jurídica com notória atuação na defesa e promoção da cultura
rio-grandense e dá outras providências.
3.ª SESSÃO
PROC.
N.º 2308/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 103/04, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo,
que altera a denominação do logradouro público cadastrado, conhecido como Praça
Dr. Quintino Bocaiúva, localizado no Bairro Chácara das Pedras, para Praça Dr.
Celso Pedro Luft.
PROC.
N.º 2656/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 117/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
denomina Rua José Assis Borges Pinto (Tio Borges) um logradouro não-cadastrado,
localizado no Bairro Rubem Berta.
PROC.
N.º 2801/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 123/04, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal,
que proíbe, no Município, comercializar ou servir bebidas alcoólicas em bares e
similares localizados no interior dos estádios de futebol, em ginásios e praças
desportivas, em dias e horários que menciona, e dá outras providências.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, eu acho que a
Pauta é o momento mais importante da Sessão, que nós temos nas segundas, nas
quartas e nas quintas-feiras, mas parece que os meus ilustres colegas não
entendem assim.
Eu,
hoje, senti um movimento para que a Pauta não fosse corrida e que apenas
passássemos por ela. Mas eu posso dizer da importância da Pauta, pois hoje há
um Projeto de interesse do Executivo, na Ordem do Dia, e que está sendo
solicitado para ser votado. Pois, com toda a tranqüilidade, com absoluta tranqüilidade,
eu posso dizer que é favorável à Prefeitura, porque eu discuti, aqui na Pauta,
esse Processo.
Portanto,
eu acho que a Pauta tem de ser muito mais respeitada do que aquelas
Comunicações de Liderança, que não dizem respeito ao art. 229 do Regimento
Interno, mas que todas elas são utilizadas, no número de 12. Então, temos de
cuidar do essencial, que é a Pauta e a Ordem do Dia.
Nós
utilizamos, também, as Comunicações, o Grande Expediente, para fazer
homenagens, e esquecemos de tratar dos problemas da Casa.
Então,
quero dizer que dou inteiro apoio ao Projeto de Decreto Legislativo nº 005/04,
de autoria do Ver. Wilton Araújo, que susta o Decreto nº 14.530, de 14 de abril
de 2004, que dispõe sobre as Áreas de Interesse Cultural previstas no art. 92
do Plano Diretor, explicita parâmetros para aprovação de projetos nas
respectivas áreas, bem como dá outras providências.
O
Executivo Municipal está um pouco acima da lei, ele é o dono da verdade! Mas
aqui, o nosso Procurador é claro no seu Parecer - muito bom o que diz o
Projeto, a idéia é boa -, diz o seguinte: “Cabe sinalar, ainda, que a Lei
Complementar nº 434/99 (PDDUA), no art. 162, inciso XI, estatui que a definição
de regimes urbanísticos das Áreas e Lugares de Interesse Cultural somente se
pode processar mediante lei, preceito que, s.m.j., resta afetado pelo conteúdo
normativo do Decreto nº 14.530/04, de que trata a proposição, no regular a
matéria.” Mas se o Prefeito olhasse no próprio art. 92, no qual ele se
alicerçou para fazer o seu decreto, ele saberia que não poderia fazer, porque
no § 5º, do art. 92, diz que é por lei que se faz alteração na área cultural.
Por
outro lado, eu já trouxe a esta tribuna e já vivi esse problema quando ainda
não existia nem decreto, havia apenas um estudo. O Dr. Procurador, Prefeito em
exercício, eventualmente, já determinava que valia a sua palavra. E uma pessoa
que fez um Projeto, ao longo de dois anos e meio - e não havia nada que
impedisse o Projeto, tanto que ele foi aprovado e licenciado; passou pelo
EPAHC, passou pelo Compac -, quando foi iniciar a obra disseram: “Não, é área
cultural, não pode”. Isto é Porto Alegre! Não pode fazer assim.
Por
isso eu digo, Pauta tem de ser examinada detalhadamente, tem de ser bem
discutida para se saber o que vamos votar amanhã. E isso que o Prefeito fez em
matéria de Decreto, e ele mesmo me disse, quando eu reclamei do Projeto
aprovado, licenciado depois de dois anos e meio e que havia passado pelo EPAHC
e Compac: “Dib, não é nada. Isso, por enquanto, é um estudo”. E eu disse: “Mas
o seu Procurador está impedindo a execução da obra que foi licenciada e
aprovada”.
Então
nós temos de cuidar muito, e muito mais do que se pensa no que aqui está.
Há,
também, um Projeto de Resolução da Mesa que faz alteração na verba dos
gabinetes. Eu quero cumprimentar a Mesa, porque, realmente, está colocando mais
atividades para o gabinete, sem que aumente um centavo a verba destinada ao bom
andamento do gabinete dos Vereadores. Cumprimentos.
Hoje
apenas os dois Projetos estão na Pauta, em primeira Sessão, e eu votaria,
tranqüilamente, nos dois, porque Pauta é o momento da análise, e eu fiz a minha
análise. Saúde e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Guilherme Barbosa
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, colegas Vereadores e
Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, de uma forma rápida - porque
temos um Projeto importante na Ordem do Dia para votar - quero apenas me
referir ao Projeto do Ver. Pedro Américo Leal, que hoje não está no plenário -
está de Licença Saúde -, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas no interior
de estádios de futebol e ginásios de esportes, em determinadas situações. Eu
quero dizer que vou votar a favor deste Projeto, porque a bebida alcoólica,
quando se mistura - algumas pessoas que não sabem usá-la - a emoções muito fortes,
costuma ser uma péssima conselheira. E, a partir daí, as pessoas praticam
coisas que, depois, arrependem-se muito. Portanto, ela acirra emoções e
incentiva práticas não-adequadas. Acho que é um bom Projeto e pretendo votar a
favor, se for a posição da minha Bancada, que acho que será. Cumprimentos ao
Ver. Pedro Américo Leal que, em princípio, pode contar com o meu voto.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Raul Carrion está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Luiz Braz está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Elói Guimarães está com
a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
Passamos
à
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa aguarda Requerimento para ordem
de votação.
O SR. CARLOS PESTANA (Requerimento): Presidenta Margarete Moraes, temos aqui
uma sugestão de Ordem do Dia, acordada, se não com o conjunto, mas com a
maioria dos Líderes da Casa: PLE nº 014/04, PLL nº 444/03, PLL nº 473/03, PLL
nº 066/04, PLL nº 096/04, PLE nº 001/04, PLL nº 015/04, PLL nº 224/03, PR nº
054/04; Requerimento nº 109/04, de autoria da Verª Sofia Cavedon; Requerimento
nº 064/04, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn; e Requerimento nº 118/04, de
autoria da Verª Helena Bonumá.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento apresentado
pelo Ver. Carlos Pestana. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O
Ver. Renato Guimarães quer dar uma satisfação sobre uma representação no dia de
hoje.
O SR. RENATO GUIMARÃES: Srª Presidente, a gente foi, em nome da
Casa e da CUTHAB, acompanhar a inspeção judicial de uma área ocupada lá no Jardim
Leopoldina. Estivemos lá junto com o Juiz que inspecionou a área e que irá
despachar, junto ao processo, o pedido de prazo de 15 dias que a Câmara de
Vereadores, por intermédio da CUTHAB, fez em relação à ocupação.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada por sua satisfação, Ver. Renato
Guimarães.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N.º 2370/04 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 014/04, que autoriza a desfetação e a permuta de
próprios municipais localizados na Av. Assis Brasil 3350, lote 1, da quadra “D”
e lote 6 da quadra “B” por terreno particular sito na Rua Frederico Mentz 813,
incluído no programa Integrado Entrada da Cidade e dá outras providências.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 09-06-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº 014/04. O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu venho à tribuna porque este Projeto chega à
votação sem nenhum parecer, o que, eventualmente, poderia ser estranho. Tenho
uma manifestação da parte da Procuradoria do Município que é bastante
esclarecedora.
Em
verdade o que ocorre aqui é que nós estamos, realmente, diante de uma
emergência, provocada por aquela situação extremamente lamentável que foi o
incêndio dos barracões existentes na Rua Voluntários da Pátria, o que ocasionou
o desabrigo de várias famílias. A desafetação e a permuta que aqui se
pretendem, têm como objetivo a solução provisória daquele impasse. Eu me
socorri do Ver. João Dib, que estudou esse Projeto e que me tranqüiliza de que,
realmente, nós estamos autorizando uma negociação onde o interesse do Município
está exemplarmente satisfeito, à medida que, por razões que não nos cabem
perquirir, o proprietário, que a rigor teria o direito nessa permuta, de uma
contrapartida do Município, ao invés, oferece uma contrapartida para o
Município, é ele quem vai pagar determinados valores ao Município de Porto
Alegre, conforme está, inclusive, explicitado claramente no Projeto. Penso eu
que, de forma muito clara, no artigo 3º que diz que o imóvel público foi
avaliado tendo como referência o mês de outubro de 2003, em um milhão, 604 mil,
383 reais, e que o imóvel do particular foi avaliado em 933 mil, 287 reais,
mais benfeitorias no valor de 66 mil reais. Obviamente que isso gera um retorno
para o Município, e esse retorno, que totalizou um milhão, a avaliação do
imóvel com as benfeitorias, na ordem de 600 mil reais, serão pagos pelo
permutante ao Município, em 12 prestações mensais reajustadas pelo IGP-DI da Fundação
Getúlio Vargas – Índice Geral de Preços, Disponibilidade Interna da Fundação
Getúlio Vargas – acrescido de juros de 1% ao mês pela empresa Beralv –
Indústria e Comércio Ltda., que se compromete a adquirir o imóvel descrito no §
2º do artigo 1º para efetivar a permuta.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª me permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nobre Vereador Reginaldo Pujol, é por isso que eu
insisto sempre na importância da Pauta para análise dos Projetos. Este Projeto
é por todos os lados benéfico para a Prefeitura, mas eu acho que a empresa que
vai fazer a permuta ainda vai criar muito mais empregos, o que é muito mais
importante ainda. Por todos os títulos, este Projeto deve ser aprovado.
O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito, eu agradeço a V. Exª. Eu já
tinha referido que a minha leitura foi muito sucinta, mas que eu me aconselhei
com V. Exª, e V. Exª me disse que tinha olhado com muita profundidade e visto
que, sob todos os ângulos, essa permuta é favorável ao Município. Então, se eu
venho à tribuna, é para deixar claro que nós não estamos votando, meu caro Ver.
Bernardino, que nos honra com sua presença na Casa no dia de hoje, algo que não
tenha aqui uma sustentação maior, pois não houve análise das Comissões. O fato
de que tecnicamente não tenha ocorrido análise das Comissões não quer dizer que
nesta Casa não se tenha olhado. Eu conheço o Ver. João Dib não é de hoje. Às
vezes discordo dele, mas sei que é muito criterioso nas suas análises; às
vezes, até pode ser exagerado, mas exagero, em matéria de cautela, nunca é
demais. Evidentemente que a sua cautela, nesse particular, foi examinar o
processo por inteiro e nos dar a tranqüilidade de recomendar à Casa que a gente
aprove esse Projeto porque é benéfico ao Município, porque contribuiu para o
Projeto Entrada da Cidade, porque tem interesse social e, sobretudo, porque dá
oportunidade para que uma empresa que é tradicional em Porto Alegre possa se
expandir e criar mais empregos na Cidade.
Era
isso, Srª Presidente. Obrigado pela sua tolerância.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para discutir o PLE nº 014/04.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu conheço, Ver. Reginaldo Pujol, a área que está
sendo objeto de arruamentos ali junto ao Jardim Lindóia, e para que alguns que
não conhecem a área se situem, ali havia aquela empresa do Matarazzo,
exatamente na Assis Brasil, na Avenida do Forte. A Avenida do Forte inicia
exatamente na frente dessa área. É uma área hoje que pertence à Beralv, e
então, de parte dos moradores do entorno, pessoas com quem a gente
permanentemente está em contato, estão, por assim dizer, aguardando, Ver.
Reginaldo Pujol, a complementação desses dados para, imediatamente, ali se
urbanizar, se resolver todo aquele entorno, toda aquela área, no sentido de
regularizar o trânsito. Eu tenho estado com moradores da Av. Panamericana, do
Jardim Lindóia, que querem, efetivamente, que essas negociações, essas
permutas, enfim, se viabilizem o quanto antes para poder a empresa que está
construindo ali, dar seqüência e tornar, definitivamente, organizada aquela
parte, que hoje já está com arruamentos. Existem arruamentos abertos, mas que,
se não for alterada essa relação jurídica, fazendo a permuta, não há como fazer
a implantação, Ver. Vendruscollo, daquela área que já está sendo urbanizada
para as finalidades construtivas que ali vai-se fazer.
Ela
tem um aspecto extremamente importante, que é exatamente permitir a circulação.
Então, tão logo implementado o Projeto naquela área, isso permitirá a quem
descer a Av. do Forte, por dentro, poder sair pela Av. Panamericana. Então, é
algo que a gente conhece, sabe perfeitamente da necessidade de se implementar.
É o que se dará através dessa permuta dentro das condições aqui observadas.
Então,
a minha presença na tribuna é tão-somente para dizer, Presidenta, que nós temos
de aprovar, porque, efetivamente, tão logo aprovado o Projeto, se fará
imediatamente e se retirará todo um ônus que existe ali sobre a população, com
o destrancamento, por assim dizer, uma vez abertos os entornos da Av.
Panamericana, ter liberada aquela área importante, que é o Jardim Lindóia e que, com a concretização feita pela
Beralv, haverá condições excelentes ali para o desenvolvimento habitacional
daquela área. Obrigado, Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº 014/04. (Pausa.)
Não há mais quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade dos presentes.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 6156/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 444/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que
denomina Rua João Pereira da Silva Filho um logradouro não-cadastrado,
localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Renato Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 26-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes):
Em discussão o PLL nº 444/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade do Plenário.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 6636/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 473/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua João Clezar um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Rubem Berta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 24-05-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 473/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 1530/04 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 066/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
denomina Rua Guilherme Germano Mros um logradouro público cadastrado,
localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora Ver.ª Helena Bonumá: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 21-06-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 066/04 (Pausa.)
Não há quem queria discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, eu faria uma solicitação,
no sentido de que, na Comissão de Constituição e Justiça, no momento da Redação
Final, fosse examinado o nome para ver se realmente está correto.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu
agradeço. Eu também tive dúvidas em relação ao sobrenome na leitura.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 2240/04 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 096/04, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sizenando
Venturini.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 21-06-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 096/04. (Pausa.)
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Srª Presidenta, considerando que
momentaneamente não se encontra aqui o autor, Ver. Isaac Ainhorn, eu
consultaria a V. Exª se eventualmente nós tivéssemos a convicção...
Em
homenagem ao Ver. Isaac Ainhorn, eu pediria a V. Exª que, ouvido o Plenário,
adiasse por uma Sessão a votação.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento, de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, solicitando o adiamento de votação, por uma Sessão, do
PLL nº 096/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N.º 0286/04 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 001/04, que autoriza a desafetação do uso
especial de imóvel do domínio público municipal e sua dação em pagamento da
indenização por desapropriação amigável das áreas dos imóveis destinados ao
Terminal Triângulo, na Av. Assis Brasil, e dá outras providências.
Parecer:
- da Comissão Especial. Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia em 21-06-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº 001/04. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, nós
temos aqui uma matéria importantíssima (Lê.): “autoriza a desafetação do uso
especial de imóvel do domínio público municipal e sua dação em pagamento da
indenização por desapropriação amigável das áreas dos imóveis destinados ao
Terminal Triângulo, na Av. Assis Brasil, e dá outras providências”.
A
Ementa não nos dá com clareza quais as áreas que estão sendo objeto dessa
transação. A rigor, nós temos uma única tranqüilidade para votar este Projeto,
é o fato de ele ter sido examinado por uma Comissão Especial, e lá o Ver. Beto
Moesch se manifestou pela aprovação do Projeto.
Então,
eu quero, Ver. Beto Moesch, dizer que, honestamente, é uma confissão que faço,
eu não li este Projeto. Os projetos normalmente entram na Casa e vão para a
Comissão de Constituição e Justiça, este, pela sua natureza, foi para uma
Comissão Especial. Eu sempre sustentei que o exame das Comissões tem de ser
algo muito responsável aqui nesta Casa. Na Comissão de Constituição de Justiça
nós discutimos, às vezes, até em demasia a respeito da legalidade dos projetos
e, quando eles saem de lá, saem, pelo menos sob o aspecto de juridicidade, Ver.
Guilherme Barbosa, de forma a tranqüilizar a Câmara. Muitas vezes a Casa até
vota contra o Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, aprovando algumas
matérias, que nós responsavelmente temos buscado indicar para a Casa que
existem vícios de constitucionalidade que podem gerar situações adversas para
nós.
Agora,
essa situação é diferente, foi examinado pela Comissão Especial, e o Ver. Dib
pede um aparte nesta hora, e eu concedo com toda a satisfação.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Reginaldo Pujol, como V. Exª gosta também de usar a
Pauta, na Pauta a gente toma conhecimento do processo e este realmente é
favorável, tanto para a parte ofendida, que teve uma parte do seu terreno
retirado, quanto para o Poder Público. Eu acho excelente.
O SR. REGINALDO PUJOL: Agradeço a V. Exª tem agora, Ver. Beto
Moesch, mais um reforço, o Ver. João Dib, com a sua experiência, diz que olhou
o Projeto, discutiu em Pauta, e ele não apresenta nenhum tipo de dificuldade.
Mas eu vou declarar, peremptoriamente, o seguinte: eu vou votar a favor deste
Projeto, e vou votar, Ver. Beto, não em homenagem a V. Exª, é em confiança a V.
Exª, porque sei que V. Exª, que já se inicia na vida pública com muito
brilhantismo, não tingiria a sua biografia jovem, porém fértil, recomendando
aprovação de um Projeto, se não tivesse as cautelas necessárias para assim
fazê-lo. Então, eu sei que V. Exª é zeloso no exame desta matéria, e voto
favoravelmente a ela com a tranqüilidade que voto a favor de um Projeto que um
colega meu, extremamente respeitado e respeitável, assim nos propôs.
Confessando que não olhei na minúcia este Projeto, eu digo que irei votar a favor
e até recomendo que os colegas façam o mesmo, em decorrência da circunstância
de ele ter sido examinado por uma Comissão Especial que tinha, entre os seus
integrantes, o Ver. Beto Moesch, e que, depois de analisada esta proposta, nos
recomenda a sua aprovação. Voto a favor e recomendo a aprovação.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Não há mais quem queira discutir. Em
votação o PLE nº 001/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. APROVADO por unanimidade
dos presentes.
(O
Ver. Ervino Besson assume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 0085/04 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 015/04, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que
denomina Rua Pedro Raimundo um logradouro público não-cadastrado, localizado no
Loteamento Chapéu do Sol.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 19-05-04.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Em discussão o PLL nº 015/04. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. APROVADO por
unanimidade dos presentes.
(A
Verª Margarete Moraes reassume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 3841/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 224/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
dispõe sobre a Carteira de Passagem Escolar Provisória e dá outras providências.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 17-05-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 224/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. APROVADO com
o voto contrário do Ver. João Antonio Dib.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Eu não sei se já esgotou a matéria que
está acertada para ser votada hoje. Eu queria, Srª Presidenta, pleitear que
fosse incluído também um Projeto de Resolução que é da lavra de Vossa Senhoria
com a minha co-autoria e que eu estranho por que não seja votado. Inúmeras
vezes está na Ordem do Dia e eu estou estranhando que ele não seja colocado em
votação.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Vereador, nós podemos examinar o seu
Requerimento após a próxima votação.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 1198/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 054/04,
de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que concede o Prêmio Mérito Sindical ao
Senhor Mariano Costa.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Carlos Pestana: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 07-06-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 054/04. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
Em
votação o Requerimento nº 064/04, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Em
votação o Requerimento nº 109/04, de autoria da Verª Sofia Cavedon.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de
Ordem): Nobre Vereadora,
eu gostaria de entender as palavras
“seja destinado”. Só se falará sobre o MOVA?
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Será encaminhado, Ver. João Antonio Dib,
nos termos do Parecer da CCJ, como vem acontecendo sempre no Grande Expediente,
nesta Casa.
Em
votação o Requerimento nº 109/04, de autoria da Verª Sofia Cavedon. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com voto contrário do Ver.
João Antonio Dib.
Em
votação o Requerimento nº 118/04, de autoria da Verª Helena Bonumá. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário do Ver. João
Antonio Dib.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Srª Presidente, o PR nº 121/03, que
concede o Prêmio Tradicionalista Glaucus Saraiva ao Conjunto de Folclore
Internacional “Os Gaúchos”, encontra-se na Ordem do Dia há mais de 30 dias.
Como todos os pareceres são favoráveis, eu acho que poderia ser votado de
imediato.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, para que seja votado o PR nº 121/03. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(O
Ver. Ervino Besson assume a presidência dos trabalhos.)
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 6497/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 121/03, de autoria dos Vereadores Margarete
Moraes e Reginaldo Pujol, que concede o Prêmio Tradicionalista Glaucus Saraiva
ao Conjunto de Folclore Internacional “Os Gaúchos”.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 17-05-04.
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Em discussão o PR nº 121/03. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade dos presentes.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Com louvor do Ver. João Antonio Dib.
Uma
vez cumprida a Ordem do Dia, declaro encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h44min.)
* * * * *